
Vinhos degustados – Brasil – Rio Grande do Sul
Vinícola Pizzato – Vale dos Vinhedos

01: Pizzato Chardonnay 2011 – R$33,00
Amarelo claro, seguindo a proposta de um branco ligeiro, sem passar pelo barril. Refrescante e jovial. No nariz: intensidade aromática leve, entre frutas cítricas e frutas maduras. Na boca, boa presença, de corpo leve.
02: Pizzato Merlot 2008 Reserva –R$32,00
Uma grande responsabilidade em manter a tradição, o DNA do Merlot safra 1999 e a de 2005. Este vinho passou 8 meses em barril de carvalho de 20 uso. Já mostra 3 anos de evolução, mas ainda com vida, cor brilhante. Na boca taninos ainda
não bem resolvidos. Pode evoluir mais. Um bom vinho.
03-Cabernet Sauvignon 2006 – R$32,00
Cor violeta já passando por granada. Aroma de terra molhada, mostrando certa complexidade. Boa intensidade aromática. À medida que se vai circulando o vinho no copo, os aromas de terra se alteram para o couro. Na boca taninos presentes,
ainda por evoluir. Retrogosto médio.
04-Tannat 2006 Reserva – R$32,00
Cor violeta, opaco. No nariz intensidade aromática média. Na boca taninos maduros e macios.
05- Alicante Bouchet 2005 – R$35,00
Esta casta portuguesa, rara no Vale dos Vinhedos, ainda não bem adaptada ao nosso terroir, raramente se apresenta em varietais, no Brasil. Mas, o Flavio, enólogo da Pizzato sabe como manejá-la e bem.
De cor violeta. Aromas de azeitona verde, intensidade aromática longa e de boa qualidade. Na boca: corpo médio e alcance médio.
06-Concentus 2006 – R$53,00
Seguindo o significado da palavra, Concentus, este corte de Merlot, Cabernet Sauvignon e Tannat mostra consenso, harmonia. Vinho equilibrado de intensidade aromática média, taninos um pouco verde, retrogosto médio.
07-Merlot 2005 – R$100,00
Em deferência Bruna Dachiry abriu uma garrafa histórica da Pizzato, seu vinho mais premiado, Um DNA desta pequena e importante vinícola brasileira. Um vinho único, histórico colocou a Pizzato no auge. Belo vinho, um grande exemplar da
casta emblemática do Vale dos Vinhedos.
Vinícola Don Laurindo – Vale dos Vinhedos

01 Vinho Tannat da safra de 1995
O vinho velho conta história. À medida que ele vai evoluindo, ele vai falando por si só. Ele me disse: “Estou com minha cor já bastante atijolada, aparentando meus 20 anos. Mas tenho muito que mostrar. Tenha paciência. Deguste vagarosamente. Feche os olhos e sinta os aromas secos, aromas de terra. não pense em encontrar muito volume de boca, muito corpo, muito
extrato. Veja como e porque consegui viver duas décadas”.
02 Vinho Tannat da safra de 1997
A Cor do 97 está mostrando sinais de evolução mais rápida do que o de 95. Ademir comentou que a safra de 95 foi excepcional, talvez esta seja a explicação. Na boca o vinho ainda estava vivo, perdeu todo seu aroma de fruta e apresentou aromas de passas secas, algo de feno.
Perguntei ao Ademir o que ele acha de decantar vinhos. Ele prontamente disse: Sou contra. Perguntei-lhe: Mas e as borras comum nos vinhos velhos? “Não tenham pressa, Horácio, Pedro e Natália, vamos esperar ele conversar com a gente. Temos todo esse tempo. No Decanter o choque de oxigênio é forte e o vinho mostrr muito rápido todo o seu mistério que ficou aprisionado na garrafa”.
03 Vinho Tannat da safra de 2005
Já havia degustado este vinho há algum”tempo. Minha curiosidade aumentou. Queria ver como ele se encontrava agora pois
a safra de 2005 foi superior à de 95. Sua cor era violácea, opaca. Ainda muito vivo. No nariz, aromas intensos de chocolate. A acidez ainda estava bastante viva e uma carga tânica de mastigar o vinho. Após 30 minutos, o fundo do copo estava repleto de aromas defumados e geléia de ameixa preta. Que complexidade.
04 Vinho Tannat da safra de 2007
Cor semelhante ao de 2005. No começo estava bastante fechado. Esperamos cerca de 10 minutos para abrir e encontramos aromas intensos de fruta negra. Na boca, taninos macios, domados, maduros e elegantes. Grande corpo.Retrogosto longo.
Que bela degustação vertical! Inesquecível.
Ademir foi buscar outra jóia: O Vinho comemorativo de 20 Anos da vinicola ede 80 anos de Laurindo, seu pai, ainda vivo. Longevidade como seus vinhos. Foram elaborados somente 2600 garrafas da safra de 2008. A curiosidade é que Ademir fez o vinho escondido do seu pai. Ele e sua equipe escolheram a dedo cada cacho, cada bago, e vinificaram tudo junto: Tannat,
Cabernet Sauvignon, Merlot, Ancelotta e Malber. Um corte de 5 uvas. No dia do aniversário de seu velho todos os empregados colaboradores da vinicola foram ao restaurante Mama Gema. Cada colaborador foi brindado com um exemplar. Seu pai ficou sabendo somente neste dia.
Vinho potente, com alta carga tânica. Taninos ainda por evoluir, mas já mostrando todo seu potencial e muitos anos por envelhecer para acompanhar a longevidade de Laurindo.
Retornamos a nossa degustação vertical e cheiramos novamente as quatro taças – análise de fundo de copo. Eram outros vinhos: eles evoluíram mostrando mais complexidade.
Vinícola Salton – Tuiuty

01: Volpi Sauvignon Blanc 2011
Um branco leve, frutado e levemente aromático, jovial. Para um picnic. R$20,00. Bom custo benefício.
02: Volpi Chardonnay 2009
A20% do vinificado passou 6 meses em barricas de carvalho, apresentando uma proposta de vinhos para o dia a dia, com preço para iniciantes, R$20,00. Amarelo dourado já mostrando os 2 anos de vida. Aromas leves, refrescante. Um vinho sem muito compromisso, equilibrado. De corpo leve. Fraco de boca. Bom custo benefício.
03: Gamay
Uma curiosidade da Salton. Um Beaujolais à moda brasileira, em sua primeira safra. Casta utilizada no famoso e festivo vinho Beaujolais produzido no sul da Borgonha, França. Leve, frutado, aromas de framboesa e morango. A técnica utilizada é de maceração carbônica, uma técnica de vinificação de vinhos tintos onde os grãos não são esmagados e a maceração ocorre em ambiente anaeróbico (sem oxigênio) sob uma atmosfera saturada de gás carbônico. Este tipo de fermentação é conhecido como intracelular, já que só acontece no interior do grão. A maceração (contato com as borras) é curta, cerca de 12 horas, somente para extrair aromas, a coloração baixa. Um vinho para a praia e para os jovens que estão iniciando no mundo do vinho.
04: Desejo – Merlot 2007
Agora a degustação dá um salto de qualidade. Este vinho passa 12 meses em barricas de carvalho, 50% francês e 50% americano. Vinho de guarda. No nariz boa intensidade aromática, aromas complexos. Na boca, corpo médio, macio,
taninos domados e maduros, equilibrado. Vinho muito bom.
05: Salton 100 Anos – 2008
Em comemoração aos 100 Anos da Salton, este diferenciado vinho tinto foi criado especialmente em homenagem a esta data. Foram produzidas somente 13.000 garrafas. Um corte: 50% Cabernet Sauvignon, 40% Merlot e 10% Cabernet Franc, que passou 16 meses em carvalho de 10 uso e mais 7 meses de garrafa. Cor profunda. Na boca ainda jovem, mas equilibrado, que daqui a alguns anos vai mostrar toda sua complexidade. Um vinho diferenciado para grandes momentos como dos 100 Anos da Salton. Degustamos a garrafa de n0 10684, servido pelo guia Junior Schellin em deferência à equipe do projeto WWA.
06: Talento-2007
Mais um tinto de respeito da Salton. Um corte 60% de Cabernet Sauvignon, 30% de Merlot e 10% de Tannat. Com a presença do Tannat, o vinho mostrou estar ainda adstringente, que com o passar dos anos os taninos surgirão domados e macios. Passou 12 anos em barricas de carvalho francês de 10 uso e 12 meses adormecendo na garrafa.
07: Espumante Reserva Ouro
Um espumante elaborado pelo método Charmat que me enganou. Na degustação achei que era um espumante elaborado pelo método Champenoise, tal sua coloração e complexidade. Depois o enólogo explicou que era um Charmat de
fermentação longa, com 12 meses nas autoclaves. Vale ressaltar que este espumante ganhou medalha de ouro em sua classe em recente concurso mundial.
08: Espumante Salton 100 Anos
Também elaborado para comemorar o centenário da Salton. Um Champenoise de classe, invertendo a proporção mais corriqueira: 70% de Pinot Noir e 30% de Chardonnay. Um clássico.
Vinicola Lídio Carraro – Vale dos Vinhedos

01: Chardonnay Da’divas – 2011
Aromas intensos de frutas brancas, sobressaindo um abacaxi tropical, no fundo aromas de pera e maçã e uma interessante mineralidade. Muita fruta e um ar de sofisticação. Bom de boca, retrogosto longo, que comprovam a filosofia de Mônica de obter vinhos complexos sem uso de madeira.
02: Pinot Noir Da’divas – 2011
Um Pinot Noir delicado, leve, fresco, aromas de cereja, muita fruta, harmônico, prometendo daqui a alguns anos maior complexidade. Um vinho gastronômico.Retrogosto médio.
03: Merlot Agnus- 2009
No nariz presença de frutas vermelhas, passando por aromas terciários de chocolate, comprovando mais uma vez a presença de complexidade sem passar pela madeira, mais uma vez quebrando paradigmas. Um vinho elaborado com a paciência
de Mônica.
04: Elos – Carbenet Sauvignon e Malbec – 2008
Este corte onde a casta Sauvignon aporta especiarias e masculinidade e o Malbec entra com a feminilidade. Muita fruta com a presença do mentol, passando por aromas de torrefação. Jancis Robinson degustou este vinho e deu nota 18 em 20.
Pelo meu critério um quatro estrelas, dentro da faixa de 90-94 pontos em 100. Belo vinho.
05: Elos – Touriga Nacional e Tannat 2008
Um corte atípico da mais importante casta portuguesa, a Touriga Nacional com a Tannat. Vinho de personalidade forte, que mostra rapidamente na boca a que veio. Ataca com aromas florais e termina com aromas animais de couro do Tannat.
Segundo Leila, uma floresta na boca. Potente e macio. Os opostos das duas castas se atraem, reafirmando o nome ELOS, virtudes independentes que criam um bom conjunto.
06: Lidio Carraro Merlot 2005 –Grande Vindima
Este vinho somente é elaborado em grandes safras. Um vinho de 2005, idade de 6 anos, que mesmo sem passar por barricas ainda mostra que pode evoluir mais.Está quase em sua plenitude, com notas terrosas, taninos macios. Ótimo vinho.
07: Lidio Carraro Quorum 2005 –Grande Vindima
Representa bem a tipicidade do vale dos vinhedos. O único de seus vinhos produzido com uvas do Vale dos Vinhedos. Um vinho com 14% de teor alcóolico, corte de Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat, apresentou-se com corpo
denso e retrogosto longo.
o8: Prova de barril
A surpresa de Mônica. Uma taça sangrada diretamente do reservatório de inox foi apresentada ao enófilo Horácio. “E agora que casta é esta?”, disse Mônica. Um silêncio, branco. Acho que é uma casta italiana, disse Horácio. Será a Nebbiolo? Sim. Não acredito! Um Barolo do Vale dos Vinhedos… O “Barolo brasileiro” apresentou taninos agressivos, que com o tempo vai se harmonizar melhor. Mesmo muito jovem já mostrou que será um vinho diferente da Serra Gaúcha. Ufa, esta
eu escapei por pouco…
Vinícola Almaunica – Vale dos Vinhedos

o1: Pinot Noir Almaúnica Reserva 2011
Com uma produção limitada, 6000 garrafas, o vinho promete daqui a alguns anos. Se mostrou jovem, mas já com taninos quase macios e equilibrado. Daqui a alguns anos este vinho promete.
o2: Syrah Almaúnica Reserva 2011
Este Syrah ainda não engarrafado foi provado tirando o vinho com a pepita do barril de carvalho. Apesar de não ter cumprido todo seu amadurecimento na barrica, já mostra potencial para um grande vinho.
03: Syrah Almaúnica Reserva 2010
A obra prima de Márcio Brandelli. Como ele diz: “Um vinho elaborado com alma e cada garrafa é única. Uma raridade quando se fala em Syrah no Vale dos Vinhedos, casta esta não muito plantada, nestas bandas. Um vinho de R$55,00 que recebeu 90 pontos pela revista Adega. Excepcional custo/qualidade.
o4: Malbec Almaúnica 2011
Este vinho será lançado dia 7 de maio de 2012, para marcar os 40 anos dos gêmeos, Márcio e Magda. E o preço? Coincidência ou não foi calculado e será de R$40,00. Entre conversas deliciosas Márcio prometeu guardar uma garrafa
para ser aberta quando eu completar a viagem. Vamos ver como vai evoluir durante 30 meses, prazo do término da aventura etílica do projeto Wine World Adventure..
Vinícola Miolo – Vale dos Vinhedos

01 Miolo Reserva Pinot Grigio 2010. Esta casta não é muito comum no Vale. Uma proposta de um vinho leve, refrescante, jovial, simples.
Recomendado para festas em grupo.
02 Quinta do Seival – Castas portuguesas – 2008
Dos vinhedos de Candiota sai este vinho elaborado com castas portuguesas (Touriga Nacional e Tinta Roriz) que se adaptaram bem mais ao sul de Rio Grande. A Tinta Roriz é a mesma da casta emblemática da Espanha, o Tempranillo.
Eu gosto deste vinho, de sua originalidade. Talvez influenciado pelo apreço aos vinhos de Portugal. Ele passa 12 meses no barril de carvalho francês de primeiro e segundo uso. No nariz estava fechado. A madeira sobressaindo sobre a fruta. Corpo médio. Taninos firmes e retrogosto médio. Já degustei safras melhores deste vinho. Este não estava legal.
03- Merlot Terroir 2009
Este vinho tem a mão de Michel Roland. Aromas complexos de tabaco. Taninos macios, maduros, harmônico. Retrogosto médio, a mentol e especiarias. Um bom vinho.
04-RAR Reserva corte Cabernet Sauvignon e Merlot – 2006
Sua cor atijolada já mostra os 6 anos de vida, mas ainda está firme, de bom corp, podendo evoluir mais alguns anos para
mostrar outros tipos de aromas . Boa densidade mostrada pelas suas lágrimas.
Vinhos degustados em Santa Catarina
Vinhos degustados na vinicola Villa Francioni – Região de Santa Catarina – São Joaquim
01: Sauvignon Blanc-2010
A proposta é não passar no barril de carvalho, valorizando a jovialidade e frescor. Seus aromas não se extratificam com facilidade, características de climas mais frio, passando de um leve maracujá para outras frutas cítricas. A ideia é não seguir na tentativa de copiar os Sauvignon Blanc de outros países, mas deixar ele expressar a tipicidade do clima frio de São Joaquim. No nariz boa intensidade aromática. Na boca uma agulha (quase como mostrma os espumantes) ataca de maneira diferenciada as papilas gustativas. Esta agulha parece que é uma característica desta micro-região. Um Sauvignon de estilo europeu com tipicidade de vinhos de altitude. Um bom Sauvignon. Preço de varejo: R$ 62,00
02: Chardonnay Lote II –mescla 2008-2009
Um Chardonnay diferenciado, de cor amarela forte. Na boca apresenta uma mineralidade. Complexo e de bom corpo. Retrogosto longo. Um ótimo exemplar. Preço de varejo: R$65,00
03: Rosé
Um corte de 7 uvas para se fazer um Rosé, com maceração curta de 2 horas. Temperaturas baixas de fermentação mostrando aromas delicados. Engarrafado em uma garrafa importada da França de grande estilo.
04: Joaquim 2008
Um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot para o dia a dia, bem elaborado. Aromas de frutas vermelhas, sem muita complexidade, retrogosto médio. Macio e equilibrado, boa acidez. Vinho para o dia a dia. Preço de varejo: R$52,00
05: Francesco 2006
Um corte de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Malbec e Syrah. A proporção de Merlot é a maior com 38%. Aromas de defumados, complexo, retrogosto longo. Macio e equilibrado, boa acidez. Muito bom.
06: Villa Francioni
Um Corte semelhante ao vinho no 5 mas com a proporção do Cabernet Sauvingon em sua maior parte, com 65%. Cor acastanhada, mostrando sua evolução. No nariz aromas de defumados. Taninos presentes e maduros. Um bom vinho
07: Michelli 2005
Um corte diferente: Merlot, Cabernet Sauvignon e a italiana Sangiovese. Um supertoscano ou melhor um Super Joauiniense, um fora da lei. Grande vinho que mostra a excelente adaptabilidade desta casta italiana, nesta vinícola. Um vinho diferenciado. Preço devarejo: R$180,00
08: Michelli 2006
No mesmo nível do vinho anterior, fechando a degustação em alto estilo.
Classificação dos vinhos
Cada tipo de vinho é elaborado de maneira diferente. Métodos tradicionais, até mesmo seculares, ainda são utilizados, ao lado das técnicas modernas – desde o esmagamento das uvas realizado com os pés, pelos familiares mais próximos dos proprietários da vinícola, com muita música e dança todos com pés descalços, até as modernas prensas pneumáticas.
Também a fermentação pode ser realizada tanto em grandes tonéis de madeira, em reservatórios de concreto, bem como em modernos tanques de aço inoxidável. As vantagens de cada reservatório de fermentação serão motivo de outra reportagem. Adiantando, a tendência é a utilização de reservatórios de aço inoxidável que apresenta uma sériede vantagens sobre os demais principalmente no que diz respeito ao controle da temperatura de fermentação, através de cintas de refrigeração. Além possibilita mair limpeza e consequentemente, melhor higienização.
Tipos de vinhos:
Quanto à cor os vinhos são divididos em:
Tintos, Brancos e Rosés
Quanto à classe:
Vinhos de mesa, (comum elaborado com uvas americanas). Não recomendado.
Vinhos de mesa finos (quando elaborado com uvas vitis viníferas).
Espumantes, licorosos, sobremesas e fortificados
Outras divisões:
Tranquilos: quando são elaborados sem a presença de CO2 (teor alcoólico entre 11 a 14 graus e alguns chegando a 15,5. Durante o processo de fermentação o gás carbônico é liberado para a atmosfera. Exemplos: qualquer vinho tinto, branco ou rosé.
Não Tranquilos: quando o gás carbônico é retido no reservatório de fermentação. Exemplos:Champagne, Espumantes e Frisantes.
Fortificados: quando é adicionado aguardente vínica durante ou depois do processo de fermentação, tornando-o mais alcoólico entre 15 a 23 graus.Exemplos: Porto, Madeira, Marsala,Banyuls e Jerez.
De Sobremesa Doces naturais ou licorosos: quando elaborados com uvas hipermaduras, com alta concentração de açúcar. São também conhecidos como “Colheita Tardia” (Late Harvest).
Exemplos: Alemães:Spätlese, Auslese, Beerenauslese; Franceses: Alsace,Vendage, Tardive,Sauternes e Alsace Sélection dês Grains Nobles; Hungria: Tokay; Itália:Vinho Santo
Os vinhos podem também ser divididos quanto a quantidade de uvas utilizadas:
Varietais: quando elaboradosde somente uma uva ou de um percentual mínimo, dependendo da legislação de cada país, que pode variar de 60 a 100%. Mas a maioria das vinícolas faz seus vinhos varietais com 100% da uva declarada, no rótulo da garrafa.
Corte ou “assemblage”: quando um vinho é fabricado com dois ou mais tipos de uvas. No contra-rótulo, na garrafa alguns fabricantes inserem as uvas e até os seus percentuais. Outros não o fazem e trazem no rótulo apenas sua origem geográfica, ou denominação de origem, que é regida por leis que determinam quais cepas podem ser plantadas naquela região.
Também são classificados quanto à doçura:
Seco:menor do que 5 gramas por litro
Demi-sec ou meio seco: entre 5 a 20 gramas por litro
Suave ou doce: acima de 20 gramas por litro
E quanto ao teor alcoólico:
Vinhos de mesa: 10 a 14 graus
Fortificados: 15 a 20 graus
Blog Turismo de Minas –
Mineiros que largaram tudo para viajar pelo mundo
Este blog entrevistou alguns aventureiros que saíram pelo mundo, em motorhome

Dos taninos à adrenalina
Após maratona de degustação das principais vinícolas do Vale dos Vinhedos partimos para a cidade de Três Coroas, a 10 km de Canela para uma aventura no Brasil Raft.
No Brasil Raft Park, única estrutura particular completa voltada ao atendimento turístico de aventura localizado às margens do Rio Paranhana no município de Três Coroas, encontra uma estrutura especialmente montada para abrigar eventos de confraternização e treinamento. Há uma base operacional de aventura com restaurante, bar, área de lazer com quadra de voley, campo de futebol e trilhas pela mata atlântica.
Todos paramentados, capacete e bota de borracha, estávamos com uma turma de dez pessoas. Entramos no caminhão e subimos a serra em uma estradinha sinuosa em volta do rio. Após 90 metros de aclive descemos os 8 Km pelo o rio Paranhana.
Ansiosos e com semblantes apavorados, entramos no bote após algumas instruções.

Remando em conjunto e sintonia os remos laminavam a água. Após algumas trombadas e remadas desgovernadas, vencemos o primeiro trecho do rio. Remos para o ar e descanso de um minuto… mais algumas remadas e novamente o segundo trecho.
O medo inicial ficou pra trás. O grupo pegou coragem e ultrapassou o outro bote. Adrenalina pura até percorrer os 8 km.




Dois dos instrutores do Brasil Raft são argentinos. Pela noite fomos convidados para jantar com eles no camping. Oferecemos um Tannat da vinícola Don Laurindo, safra 2005, e eles, uma bela pizza.


Belo vinho, boa conversa… Juan e Brenda passam três meses trabalhando no Raft Brasil e depois seguem para pegar alta temporada de Rafting em outros países. Há cinco anos eles estão neste estilo de vida. A pizza quadrada do Juan estava ótima. Após reabastecermos, descansamos e dormimos no camping da BRASIL RAFT PARK.


Ao acordar pela manhã, pedalamos 15 Km em volta do vale do parque. Trilha um pouco ousada pra quem não está acostumado com a bike. Para aliviar o calor, mergulhamos na água gelada do Rio.





No finalzinho da tarde do mesmo dia descemos no Canopy, voando por cabos de aço suspensos entre uma plataforma e outra com trechos de até 90 metros de altura. O Canopy consiste na arte de deslizar à 65km/h sobre as copas das árvores. Você fica conectado com mais da metade da flora e da fauna, pois é nas alturas que vivem grande parte dos animais e plantas do ecossistema da Mata Atlântica.

A primeira descida de 600 m. Em velocidade ultrapassamos sobre o rio. Em seguida novo cabo, distância de 400 m. Ultrapassamos novamente o rio no sentido contrário e voltamos ao ponto original. Sensacional. Emocionante. Uma aventura indescrítivel.



Como chegar: De Bento Gonçalves vá a Caxias do Sul. Antes de chegar em Gramado e Canela, entre na perimetral sentido cidade de Três Coroas. Na estrada tem placa indicando Parque das Laranjeiras e uma placa da empresa Raft Brasil. Em uma estradinha de terra batida, ande cerca de 6 km.







