Degustação na Taylor:
01: Taylor Late Bottled (L.B.V.) 2005 – 14 Euros
Este Porto da família Ruby é elaborado somente em safras boas, mas isto no Douro é dizer quase todos os anos. De cor Ruby, brilhante. Viscosidade média. No nariz aromas intensos de ameixa madura. Na boca, macio, elegante. Retrogosto médio. Muito bom . 86 pontos.
02: Taylor Year Old Tawny Port – 10 anos – 19 Euros
De cor ocre, leve e transparente. Viscosidade média. Aromas de intensidade média, remetendo a caramelo de boa qualidade. Na boca, macio, de corpo médio. Retrogosto médio. Muito bom. 88 pontos.
Degustação na Quinta da Pacheca:
01: Pacheca Superior Tinto 2010 – 10 Euros
De cor violeta. Viscosidade média. Aromas de intensidade média, vinho ainda fechado, sem mostrar muito. Na boca, adstringente, que compromete, deixando-o um pouco agressivo e não macio, certa aspereza. Bom vinho. 81 pontos.
02: Pacheca Reserva D.O.C 2010
Um corte de Tinta Nacional, Tinta Roriz, Tinto Cão, Sousão e Tinta Amarela de cor violeta. Alta densidade. No nariz, aromas adocicados de frutas vermelhas maduras. Na boca, taninos um pouco verde, ainda muito novo. Equilibrado. Bem elaborado. Bom vinho. 83 pontos.
03: Pacheca Touriga Nacional Grand Reserva 2010
A Touriga Nacional é a principal casta tinta portuguesa e este vinho se apresentou de cor violeta, escura. Viscosidade média. No nariz, aromas planos e de pouca intensidade, sobressaindo ameixa não amadurecida completamente. Na boca, taninos macios, bom corpo, equilibrado. Melhor de boca do que de nariz. Retrogosto médio. Bom vinho. 84 pontos.
04: Porto Pacheca Branco
Um branco Porto para aperitivo e relaxar na beira da piscina. Um corte da casta Viosinho, Gouveio e Rabigato. De cor castanho, claro., Aromas de boa intensidade remetendo à flores. Na boca, muito doce, enjoativo. Não é do estilo de brancos que me apetece. Razoável 79 pontos.
05: Porto Tawny 12 Euros
De cor alourada (caramelo) normal desta família de Portos. No nariz aromas delicados de amêndoa. Na boca sobressaí o gosto de figos. Bom vinho. 84 pontos.
05: Porto Vintage
De cor violeta. Alta viscosidade. Alta intensidade aromática de frutas vermelhas, complexo. Na boca, de grande estrutura, mastigável. Muito bom. 89 pontos.
Degustação na Quinta do Noval:
01: Ruby L.B.V Quinta do Noval 2007
Um L.B.V. não filtrado de cor violeta, profunda. Alta viscosidade, um xarope. No nariz aromas elegantes e de alta intensidade de geleia de ameixa madura. Na boca, macio, elegante, de grande corpo, equilibrado. Um vinho de meditação, para momentos raros. Retrogosto longo. Excepcional. 95 pontos.
02: Quinta do Noval Colheita 1997
Este vinho ficou 7 anos nos barris antes de sair ao mercado. De cor caramelo. Muito viscoso. Aromas intensos de figo maduro de excelente qualidade. Retrogosto a perder de vista. Vinho excepcional. 96 pontos.
03: Noval Black Ruby
É uma novidade da Quinta do Noval, não chega a ser um Ruby genérico, mas sua proposta é para um Porto simplificado, para aperitivo e para os jovens. De cor rubí, brilhante. Viscosidade baixa para um Porto. Simples, para o dia a dia. Bem elaborado. Bom vinho. 83 pontos.
04: Quinta do Noval 2009
Um tinto de corte com a Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Francesa, de cor violeta. Alta viscosidade. No nariz estava fechado. Deveria ter sido decantado. Ele depois de minutos continuou fechado. Na boca, um pouco fugídio. Retrogosto médio. Bom vinho. 84 pontos
Degustação na Cartuxa:
01: EA Branco – Vinho Regional Alentejano 2011
Um branco de corte com a branca Roupeiro, Antão Vaz e Perrum (uva pouco comum) estava com cor amarela de intensidade média. Viscosidade média. No nariz, boa intensidade aromática, fresco, jovial. Aromas de frutas cítricas. Na boca boa acidez. Muito bom. 85 pontos.
02: Évora Branco – D.O.C. 2010
De cor idêntica ao vinho anterior, elaborado com a casta Assário. Viscosidade média. Aromas de intensidade média. Fechado, no nariz. Na boca, leve agulha, corpo médio, um pouco agressivo. Bom vinho. 83 pontos.
03: Cartuxa Colheita – Branco -2010
Elaborado com a Arinto e Antão Vaz de cor amarelo intenso. Alta viscosidade. Aromas amanteigados de ótima qualidade. Na boca, macio, boa acidez que refresca a boca. De corpo médio para alto.. Retrogosto médio. Muito bom. 85 pontos.
04: Scala Coeli Branco -2010
Elaborado com a casta francesa Viognier que está se ambientando bem no Alentejo. De cor amarelo dourado de alta intensidade. Viscoso. No nariz, aromas elegantes e de alta intensidade de maçã verde. Na boca, ele deixa a desejar por falta de corpo e sem acrescentar nada. Retrogosto médio. Bem elaborado, para o dia a dia. 84 pontos.
05: Pera Manca Branco D.O.C – 2010
Feito com a Arinto e Antão Vaz este famoso vinho, (não tão bom quanto o famoso tinto) se apresentou com uma cor amarela forte. Alta viscosidade. No nariz aromas delicados e elegantes e de boa intensidade remetendo frutas cítricas verdes. Na boca, bom ataque sentido directamente nas bochechas. Retrogosto médio. Muito bom. 86 pontos.
06: Espumante 2008
Elaborado com a Arinto, com Perlage fina, com bom fluxo, contínuo. Aromas frescos de maças. Na boca, leve torrada e pão. Retrogosto curto. Não gostei do estilo. Regular. 78 pontos.
07: Espumante Reserva
Também com a casta Arinto este espumante Bruto (é assim mesmo em Portugal e não Brut), “perlage” fraco, bolhas sumiram rapidamente comprometendo o transporte de aromas ao nariz que se apresentou de fraca intensidade do grupo lácteos. Na boca, enjoativo, sem corpo e sem ataque. Regular. 79 pontos.
08: Rosé de Touriga Nacional e Syrah – 2011
De cor salmão, clara e transparente, brilhante. Viscosidade média, mas boa para um Rosé. No nariz, aromas intensos de cereja e depois surge fruta em calda. Na boca, de corpo médio, macio e falta frescor e um pouco mais de corpo. Razoável. 79 pontos.
09: EA Tinto 2011
Um tinto de corte de Trincadeira, Alicante Bouchet, Aragonês e Castelão (Periquita) se apresentou de cor violeta, brilhante. Viscosidade média. No nariz, fresco e frutado. Intensidade aromática baixa. Na boca, de corpo leve. Vinho para o dia a dia. Bem elaborado. Vinho leve. 82 pontos.
10: EA Tinto Reserva
Um corte de Aragonês com Alicante Bouchet e Syrah, de cor violeta. Fechado sem apresentar aromas. Viscosidade média. Na boca, de corpo leve, taninos leves, com pouca carga. Retrogosto curto. Bem elaborado. Simples. Bom vinho. 83 pontos.
11: Foral de Évora – Tinto D.O.C -2009
Um corte de Aragonês, Alicante Bouchet e Trincadeira de cor mais escura do que o vinho anterior. Passou 12 meses em barris de carvalho e 12 meses em garrafa. Viscosidade média. No nariz, aromas de intensidade média de cereja, sem complexidade. Na boca, de corpo médio, taninos um pouco verdes, mas sem comprometer o todo. Retrogosto médio. Bem elaborado. Vinho simples, para o dia a dia. Bom. 84 pontos.
12: Cartuxa Tinto -2009
Este famoso vinho, muito conhecido dos brasileiros estava com cor escura, quase negra. Alta intensidade aromática mostrando chocolate. Na boca, macio, de corpo médio. Taninos de boa qualidade e maduros. Retrogosto médio. Muito bom. 86 pontos.
13: Cartuxa Tinto Reserva 2009
Corte de Alicante com Aragonês. De cor granada escura. Alta viscosidade. No nariz, aromas de couro e especiarias, sobressaindo o cravo. Na boca, boa carga de taninos, redondos e macios. Retrogosto médio. Ainda está muito jovem. Deve-se esperar mais alguns anos para degustá-lo. Muito bom. 89 pontos.
14: Scala Coeli Tinto – 2008
Varietal de Alicante Bouchet que passou 18 meses em barricas, de cor negra. Alta viscosidade. No nariz, fechado. Na boca, bom corpo, taninos presentes, pegando um pouco. Retrogosto médio. Muito bom. 88 pontos.
Degustação na Cortes de Cima:
01: Chaminé Branco 2011
Este vinho é muito conhecido dos brasileiros. Um branco em corte de Antão Vaz, Viognier e Sauvignon Blanc. Duas castas francesas com uma portuguesa, com certeza… De cor branco palha. Viscosidade média. Nariz elegante e de alta intensidade aromática. Na boca, excelente acidez, que saliva bem a boca. De corpo médio. Retrogosto médio. Muito bom. 84 pontos.
02. Mesmo vinho mas da safra 2012
O vinho ainda não estava muito jovem. Ainda não lançado no mercado. Mostra as mesmas características do anterior mas com uma carga de mineral. Por isto um ponto a mais. 85 pontos.
03: Chaminé tinto 2011
Este vinho tinto é um corte de 50% de Aragonês, 23% de Syrah, 19% de Touriga Nacional, 4% de Alicante Bouchet, 2% de Cabernet Sauvignon e restante de Petit Verdot.
De cor violeta, não muito opaca. Este tinto tem uma proposta frutal (não passa por barricas de carvalho). De viscosidade média. No nariz, aromas frutados. Para ser consumido jovem. Na boca um pouco herbáceio. Bem elaborado. Muito bom. 85 pontos.
04: Cortes de Cima 2010
Um corte de 35% de Surah, com 30% de Aragonês, 10% de Petit Verdot, 10% de Alicante Bouchet, 10% de Touriga Nacional e restante de Cabernet Sauvignon.
De cor violeta, clara. Alta viscosidade. No nariz, aromas de intensidade média. Na boca, taninos presentes de carga média, maduros e macios. Retrogosto curto. Bom elaborado. Muito bom. 85 pontos.
05: Trincadeira 2010
Um varietal com a casta Trincadeira, de cor violeta, clara. Viscoso. No nariz, aromas de ameixa preta e de intensidade média. Viscosidade média. Na boca, de corpo leve. Taninos domados e elegantes. Retrogosto curto. Muito bom. 85 pontos.
06: Corte de Cima Hans Christian Andersen 2010
Este vinho foi elaborado em homenagem ao escritor Dinamarquês que escreveu o livro Soldadinho de Chumbo. Um conto de fadas que conta a história de um menino que ganhou em seu aniversário uma caixa de soldadinhos de chumbo. Perfilou-os e o último da fila tinha somente uma perna. Ao lado uma bailarina de papel se equilibrando em uma perna. Inicia-se um amor platônico. Seu final não é feliz. No dia seguinte, o soldado cai do parapeito da janela, na calçada. Dois meninos encontram o soldado, o colocam num barquinho de papel e o lançam pela sarjeta. O barquinho cai no esgoto, mas o soldado continua navegando até cair num canal, onde é engolido por um peixe. Quando este é pescado e cortado, o soldado está na mesma casa de antes, e é colocado de volta próximo à bailarina. Inexplicavelmente, o menino joga o soldado no fogo. Um vento sopra e derruba a bailarina também no fogo; ela é consumida instantaneamente, somente restando a lantejoula. O soldado derrete numa poça em forma de coração.
De cor violeta. Alta viscosidade. Aromas elegantes e de alta intensidade e qualidade remetendo à pimenta branca. Na boca, de corpo médio. Elegante, taninos macios, delicados e domados. Excelente. 90 pontos. Um vinho com final feliz, (retrogosto longo – grande final de boca).
07: Incógnito 2009
O grande vinho da casa surgiu na degustação e se apresentou de cor violeta, opaca, quase negra. Alta viscosidade. Untuoso. No nariz, aromas de especiarias de alta intensidade e qualidade. Na boca, de grande corpo, macio, aveludado. Retrogosto longo. Excelente. 90 pontos.