A região vinícola de Saint Émilion é um dos lugares mais bonitos da grande região de Bordeaux. Além dos seus belos 5400 hectares de vinhedos, a pequena e medieval cidade de Saint Émilion é uma volta ao passado, onde as ruínas e muros de pedra calcária resistem à erosão e aos milhares de anos.
Esta região vinicola se localiza na margem direita do rio Dordogne e seu solo é uma mistura de argila, calcário e areia, que propicia a maior expressão da casta Merlot e da Cabernet Franc, (na margem esquerda a Cabernet Sauvignon é a principal casta).
A pequena cidade de Saint Émilion recebeu em 1999 o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Foi a primeira vez que uma área vinícola assumiu a categoria de “paisagem cultural” e é agraciada com este título.
Diferentemente da classificação de 1855 imposta para a região do Médoc (margem esquerda) a região vinícola de Saint-Émilion (margem direita) somente teve sua classificação em 1955.
Visita ao centro de enologia de Saint-Émilion.
Ela pode ser alterada a cada 10 anos, diferente da classificação de Médoc que está engessada desde 1855. Segundo a classificação, os vinhos de Saint-Émilion dividem-se em três níveis: ”Appellation Saint-Émilion”, (centenas de vinhos), “Appellation Saint-Émilion Grand Cru” (63 vinhos) e “Appellation Saint-Émilion Premier Grand Cru” (11 vinhos). Além está última divide-se em duas: “Premier Grand Cru Classe A” – 2 vinhos (Château Cheval Blanc e Château Ausone) e “Premier Grand Cru Classe B”(9 vinhos).
Esta cidade histórica é pequena e linda. Caminhamos pelas ruelas visitando os vários pontos turísticos: La Tour du Roy, Igreja monolítica escavada sobre um bloco de calcário, no final do século XI e diversas caves subterrâneas escavadas em solos de pedra calcárea, formando tuneis e labirintos onde repousam milhares de garrafas de vinhos.
Apesar de ser impossível entrar com o motorhome pelas estreitas ruelas de Saint-Émilion, conseguimos chegar até a porta de entrada da cidade, estacionando-o próximo da Les Grandes Murailles, construída no século XIII e parcialmente destruída durante a guerra dos 100 anos com os ingleses.