Ribera del Duero concorre com a região vinícola Rioja em termos de vinhos de qualidade. Ela foi classificada como Denominação de Origem em 1982. Antes desta data Rioja dominava.
A principal casta tinta é a Tempranillo, conhecida em Ribera como Tinta del País ou Tinta Fina.
Diferentemente de Rioja, em Ribera é permitido plantar castas não autóctones. Portanto, os viticultores têm outras alternativas de mesclar a Tempranillo com castas francesas (Cabernet Sauvignon, Merlot ou Malbec), gerando vinhos de grande estrutura e longevos, como o famoso Veja Sicília. Portanto, os viticultores de Ribera têm mais oportunidade de mostrar a sua espetacular Tempranillo, em vinhos varietais ou em cortes com uvas francesas (em Rioja os cortes de Tempranillo são feitos com as tintas Garnacha, Graciano e Mazuelo).
Para os brancos o destaque fica com os vinhos elaborados com a Verdejo.
Cerca de 150 vinícolas se encontram espalhadas nos 100 km ao longo das duas margens do Rio Duero (o mesmo rio Douro dos portugueses, onde se elabora os vinhos do Porto) e nas colinas ao seu redor, nas terras de Castilla y León. Seus vinhedos estão espalhados entre as cidades de Burgos, Aranda de Duero, Peñafiel e próximo a Valhadolid.
Seguindo a mesma linha de Rioja, em Ribera os vinhos são classificados em: “Vino Joven, Crianza, Reserva e Gran Reserva”. Entretanto, as exigências do Conselho Regulador em termos de tempo de estágio em barris são diferentes dos estipulados para a região vinícola de Rioja.
Geralmente, os tintos de Ribera ficam nos barris de carvalho por tempo inferior aos de Rioja. Por isto seus vinhos apresentam cor mais carregada e densa. No nariz a diferença é percebida facilmente: em Ribera aromas tendendo para ameixa e Rioja aromas de baunilha e canela. Diferenças sutís que não desmerecem os espetaculares e diferenciados vinhos destas duas regiões vinícolas mais importante da Espanha.