Toronto

2 de outubro de 2012

Toronto é a maior cidade do Canadá, capital do estado de Ontário, com cerca de 2,5 milhões de habitantes. Está localizada na margem norte do lago Ontário. É um grande centro financeiro e de turismo, uma cidade multicultural, lugar dinâmico e cosmopolita, com alto índice de padrão de vida.

No dia de nossa chegada Toronto estava em festa. Uma multidão se aglomerou nas arquibancadas e prédios do parque para ver um show acrobático de aviões militares do Canadá.

Coincidência: Alguns dias após nossa chegada foi realizado o encontro de brasileiros, Brazil-Day-Toronto. Uma festa legal em uma rua fechada especialmente para receber os milhares de brasileiros que vivem em Toronto. Muita música brasileira, barraquinhas de comida típica: Feijão tropeiro, churrasquinho, pão de queijo, doces e guaraná. Foi bom lembrar do Brasil, dos seus costumes, da sua comida, da alegria contagiante deste povo lindo e aberto para o mundo.

A Torre CN é o principal cartão-postal da cidade, e a segunda estrutura mais alta do mundo, não sustentada por cabos e em terra firme, com seus 553 metros de altura.

A cidade “underground” é o maior complexo subterrâneo de lojas do mundo, cerca de 30 km de extensão, com acesso por várias estações de metro e por mais de 50 prédios. Em uma área subterrânea de 371 mil metros quadrados, trabalham mais de 5000 pessoas e pelo menos cem mil visitantes todos os dias. É uma grande alternativa para fugir do rigoroso inverno de trinta graus negativos que assola a cidade.

Para não se perder pelos labirintos e enormes áreas de lojas e restaurantes o local foi projetado com mudança de cores do piso. Quando muda a cor significa quem está caminhando no “underground” mudou de prédio. E para ajudar na orientação a palavra Parth, (nome da cidade subterrânea) é escrita de cores diferentes: “P” em vermelho representa o sul; o “A” em laranja, o oeste; o “T” em azul indica o norte e o “H” em amarelo, o leste.

Lugar imperdível é caminhar pelas ruas Yonge, Dundas e Queen Stret ou pela Yorkville olhando e fazendo compras nas belas lojas de grife.

Niágara-on-the-lake parte II

1 de outubro de 2012

canada, chateau de los charmes, jackson Triggs, niagara

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Continuando nossa perigrinação pelas vinícolas próximas as cataratas de Niágara, visitamos:

Château de Los Charmes

Em seus quatro vinhedos, com 80 ácres foram plantadas as castas brancas: Chardonnay, Sauvignon Blanc, Aligoté, Riesling, Viognier Gewurztramines e Vidal. As tintas: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Gamay Noir e Pinot Noir.

Um fato curioso: A vinícola que tem cerca de 1000 barris de carvalho francês não faz reposição de sua frota. Ela recupera cada barril e não substitui nem mesmo depois do quinto uso anual. A explicação que recebi foi que a filosofia da empresa é de não aportar aromas da madeira.

Degustação:

01: Espumante – US$22,95

Abrimos a desgustação com um espumante elaborado pelo método champenoise elaborado com a Chardonnay e Pinot Noir. De bom perlage, borbulhas pequenas e de intensidade média. No nariz aromas delicados de abacaxi maduro. Na boca bom ataque (agulhas) sobre a língua, mostrando frescor e boa acidez apesar da fruta muito madura. Boa estrutura. Bom espumante. 84 pontos.

02: Riesling 2009 – US$12,55

Amarelo claro. Baixa viscosidade e baixa intensidade aromática. Aromas não identificados, talvez lembrando uma lima. Na boca de corpo leve. Retrogosto curto. Acidez baixa, não mostrando frescor necessário. Regular. 79 pontos.

03: Aligoté 2010 – US$13,55

A Aligoté é da Borgonha e nesta região ela é secundária pois na Borgonha quem reina é a Chardonnay. Podemos dizer que a Aligoté é uma casta inferior a Chardonnay. Já degustei alguns Aligoté da França e gostei. Este vinho branco do Canadá se apresentou de cor palha. Viscosidade baixa. Média intensidade aromática, remetendo a fruta melão. Na boca de corpo leve, retrogosto curto. Vinho fraco. 76 pontos.

04: Gewurztraminer 2008 – US$19,95

De cor amarelo claro. Alta viscosidade. No nariz alta intensidade aromática (comum a esta casta), destacando aromas de lichia e nuances de rosas. Na boca de corpo médio, leve amargor no final. Retrogosto médio. Rozoável. 79 pontos.

05: Chardonnay 2010 – US$16,95

Este Chardonnay foi fermentado em barricas de carvalho francês. De cor amarelada. Viscoso. No nariz intensidade aromática média de boa qualidade. Não consegui identificar e expressar em palavras o seu aroma característico. Na boca de corpo leve e fugidio. Retrogosto curto. Razoável. 79 pontos.

06: Paulo Bosc Estate Chardonnay – 2007 – US$21,95

De cor amarelo forte. Alta viscosidade. Fraco de nariz. Vinho plano. Na boca de corpo médio, uma baunilha bem colocada e nada mais. Bom vinho. 82 pontos.

07: Rosé Cuvée d’Andrée – 2011 – US$13,95

De cor cebola. Viscosidade baixa. No nariz aromas delicados de rosas, de intensidade média. Na boca de corpo leve, retrogosto curto. Bem elaborado. Bom vinho. 80 pontos.

08: Gamay Noir – 2009 – US$14,95

De cor granada ainda com brilho. Boa viscosidade. No nariz aromas de couro e de terra úmida. Na boca de corpo leve, fugidio, sem estrutura. Retrogosto curto. Razoável. 75 pontos.

09: Gamay Noir Droit

O acréscimo da palavra Droit é para identificar que esta casta sofre uma mutação no próprio vinhedo e gera um vinho diferente da casta do vinho anterior. No nariz o vinho melhora um pouco, mas com intensidade aromática baixa. Na boca os taninos estão verdes. De corpo leve e retrogosto curto. Razoável. 79 pontos.

10: Paul Bosc Pinot Noir 2010 – US$35

De cor violeta brilhante. Viscoso. Aromas de intensidade média de terra úmida. Na boca, macio, retrogosto curto, fugidio. Bem elaborado. De corpo médio. Razoável. 79 pontos.

11: St David’s Bench Caberbet Franc – 2010 – US$25,95

De cor violeta brilhante. Alta viscosidade. No nariz boa intensidade aromática remetendo a pimentão verde. Na boca, taninos um pouco agressivos. Precisa de mais algum tempo para ver se eles vão se domar. Acho que não vão pois estão verdes. Retrogosto curto. Bom vinho. 80 pontos.

12: St David’s Bench Cabernet Sauvignon -2010 – US$22,95

De cor violeta. Um pouco mais escuro do que o anterior. Viscosidade média. Aromas de pimentão vermelho. Na boca os taninos estão por amadurecer. Retrogosto curto. Bom vinho. 80 pontos.

13: Equullus 2010 – US$40

Este vinho é corte de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot. De cor violeta. Viscosidade alta. Aromas planos de couro. Na boca de estrutura média. Retrogosto curto, taninos verdes. Razoável. 79 pontos.

14: Icewine 2008 – US$25

Este vinho de sobremesa, com 9,5% de teor alcoólico elaborado com a casta branca Vidal se apresentou de cor amarelo dourado, bem forte. Muito viscoso. Alta intensidade aromática destacando a goiaba vermelha, madura, uma compota. Após alguns segundos surgiu aromas intensos e deliciosos de mel. Na boca de grande corpo, mastigável. Apesar de ser um vinho de sobremesa ele pode ser servido como entrada acompanhado de queijos azuis e fortes. Muito bom. 88 pontos.

15: Icewine Cabernet Franc

Este vinho de sobremesa tem a curiosidade de ser elaborado com uma casa tinta, a Cabernet Sauvignon De cor violeta bem escuro. Viscosidade média. No nariz aromas de calda de morango. Na boca é um pouco enjoativo. 85 pontos.

Vinícola Jackson Triggs

Fomos recebidos pela simpática Glenna, responsável pelo departamento de marketing desta vinicola localizada na Península de Niágara.

Em seus belos vinhedos, bem cuidados, em espaldeira desfilam as brancas Vidal, Riesling, Gewurstraminer e a tinta Cabernet Franc, todas destinadas à elaboração do Ice Wine, foco desta vinícola.

Ela também elabora bons espumantes pelo método tradicional. Além, varietais estilo Fumé Blanc com a Chardonnay e varietais tintos com a Pinot Noir e Syrah.

Degustação:

01: Espumante –Método Classique Brut – 2007 – US$23

No Canadá é obrigatório colocar a safra em espumantes, diferentemente dos champagnes franceses que o fazem somente quando é uma safra excepcional, (uvas do mesmo ano). Este espumante foi servido em uma taça de vinho branco que impossibilitou de mostrar seu perlage. Esta escolha de usar taça de vinho branco para espumantes deve ser utilizada quando o Campagne é excepcional. Este espumante se apresentou com aromas delicados de abacaxi maduro. Na boca, fresco. Bem elaborado. 80 pontos.

02: Block Series Espumante – 2011- US$14,95

Bom perlage. No nariz aromas delicados de pera. Na boca leve amargor. Falta frescor. Regular. 78 pontos.

03: Espumante Sauvignon Blanc Gold Series 2008 – US$29,95

Este espumante tem boa presença, aromas de intensidade média. Falta frescor e jovialidade. Regular. 76 pontos.

04: Espumante Merlot 2007

Um espumante de cor quase negra, como se fosse um vinho tinto. Na boca muito corpo, tornando-o pesado, sem classe e com amargor no final. Uma proposta de espumante pesado que não me agrada. Descartável. 69 pontos.

05: Ice Wine Riesling 2007 – US$59,95

De cor amarelo dourado, bem forte. Muito viscoso, quase um xarope. No nariz alta intensidade aromática com a presença de aromas de mel de excelente qualidade. Na boca grande corpo, macio, aveludado e com boa acidez que suporta a delicada doçura deste delicioso e surpreendente vinho de sobremesa. De tomar de joelhos. Retrogosto longo. Excelente. 90 pontos.

06: Ice Wine Vidal 2008 – US$39,95

Mesma cor do anterior. No nariz apresenta forte aroma de mel e pêssego, mostrando mais fruta do que o anterior. Na boca de corpo um pouco abaixo do anterior. Macio. Falta um pouco de acidez. Retrogosto longo. Muito bom. 89 pontos.

07: Ice Wine Gewurztraminer – US$3,95

Mesma cor dos anteriores. Menos viscoso. Intensidade aromática no mesmo nível. Na boca ele se apresenta mais doce, o que torna um pouco inferior aos demais. Mas muito bom. 86 pontos.

08: Ice Wine Cabernet Franc

De cor âmbar, este vinho que veio do gelo da uva tinta francesa, Cabernet Franc. O que diferencia este vinho feito de uva tinta com relação aos elaborados com uva branca está no aroma. Os oriundos de uvas brancas a característica principal é a presença de aromas de mel e neste Cabernet se sobressaem aromas de frutas secas. Uma proposta interessante de Ice Wine, tinto. Muito bom. 89 pontos.

Niágara-on-the-lake

25 de setembro de 2012

canada, innniskillin, konzelmann, niagara, Southbrook

Niágara-on-the-lake é uma sub-região da Península de Niágara onde visitamos várias vinícolas:

Vinícola: Southbrook:

Está bonita vinícola da Península de Niágara (Niagara-on-the-Lake), trabalha com a técnica orgânica e biodinâmica em seus vinhedos, plantados com as brancas: Chardonnay, Semillon, Muscadet e Vidal e as tintas: Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Syrah e Petit Verdot.

Degustação:

01: Assemblage 2002

Este corte de 30% de Cabernet Franc, 22% de Merlot e restante de Cabernet Sauvignon se apresentou de cor atijolada, mostrando seus 10 anos de vida. Alta viscosidade. No nariz aromas terciários e complexos de couro. Na boca macio, aveludado. Delicado. Apesar de estar em fase final de vida ainda está muito bom. 88 pontos.

02: Cabernet Fran + Merlot – 2007

De cor granada, mostrando seus 5 anos de vida. Viscoso. No nariz de pouca intensidade aromática. Na boca boa carga de taninos maduros. Boa presença na boca. Retrogosto médio. Muito bom. 86 pontos.

03: Outro corte de Cabernet Franc (89%) e restante de Cabernet Sauvignon – US$2009

De cor rubi para granada. Alta viscosidade. Na boca taninos domados e presentes. De corpo médio, macio, elegante, muito bom. 87 pontos.

04:Petit Verdot – 2010

De cor violeta bem escura. De grande estrutura, com muito extrato. No nariz aromas de geleia de morango. Na boca boa carga de taninos macios, grande corpo, macio equilibrado. Muito bom vinho. 88 pontos.

05: Ice Wine – Vidal – 2005

De cor dourada. Alta intensidade aromática, sobressaindo o mel. Na boca delicioso. Uma doçura delicada e bem balanceada. Excelente. 92 pontos.

06: Ice Wine – Cabernet Franc – 2006

De cor âmbar. Muito viscoso. Aromas de frutas secas e de conhaque. Na boca, macio. Um vinho para ocasião especial após um jantar de gala. Vinho excelente. 93 pontos.

Inniskillin:

Está vinícola é a mais conhecida fora do Canadá. Ela se preocupa em mostrar seus vinhos para o mundo, diferentemente da maioria das demais vinícolas deste país.

Fomos recebidos pela Debi Pratt, Public Relation desta vinícola.

Percorremos algumas fileiras de vinhedos com as castas brancas: Vidal, Riesling, Pinot Griggio e a tinta Cabernet Franc.

O foco desta vinícola é mostrar ao mundo o vinho Ice Wine, cuja produção é de 13.000 caixas por ano.

Fizemos uma degustação super interessante degustando o mesmo Ice Wine em taças diferentes para analisar o comportamento do vinho, pois a famosa fabrica de taças, a Riedel desenvolveu uma específica para a degustação de Ice Wines.

Degustação:

01: Ice Wine – Riesling – 2008

Debi Pratt serviu este vinho em duas taças diferentes, (figura abaixo). Sendo uma em uma taça pequena e outra na desenvolvida pela empresa Riedel, mais longa e de formado não tradicional aos vinhos brancos de mesa, bem como para os vinhos de sobremesa, tipo; Colheita Tardia (Late Harvest) ou vinho do Porto, o Passito italiano e outros.

Realmente, não é frescura. Percebe-se com muita clareza a intensidade aromática e o ponto exato da língua em que é lançado o vinho ao primeiro gole.

Na taça pequena os aromas ficam menos intensos e o gole quando atingi imediatamente a ponta da língua, local este onde a doçura se mostra mais intensa. Na taça desenvolvida especificamente para o Ice Wine, o gole atinge toda a língua, distribuindo melhor a doçura, (joga o vinho mais para o meio da boca) podendo dizer que assim se consegue uma doçura e percepção gustativa tridimensional. É impressionante a diferença.

02: Espumante Vidal

Este vinho espumante é diferente de todos os tipos de espumantes que eu conheço. Ele é elaborado com o mosto do Ice Wine, via processo Charmat.

Eu, como mortal brasileiro, que conheço a maioria dos espumantes brasileiros, que por sinal estão em um patamar de qualidade somente inferior aos Champagnes da França senti dificuldade em fazer uma analise organoléptica deste Espumante Vidal.

Na boca este espumante não segue a tendência de apresentar frescor e vivacidade. Seu perlage é fraco e sem ataque na língua. Muito enjoativo e sem graça. Descartável.

Vinícola Konzelmann

Na virada do século 19, Friedrich Konzelmann de Uhlbach, de uma cidade perto de Stuttgart, em Wuerttemberg, na Alemanha, fundou a Konzelmann Estate Winery. Ele era dono de um restaurante e foi bem conhecido por seu humor e perspicácia. Ele era um especialista em alimentos e vinhos e um homem cheio de muitas ideias que não tinha medo de tentar coisas novas.

Bisneto de Friedrich, Herbert Konzelmann continuou a tradição familiar de produzir vinhos e em 1980 decidiu se mudar para o Canadá e escolheu terras em Niagara-on-the-Lake, Ontário para plantar Pinot Noir, Riesling e Chardonnay.

Degustação:

01: Pinot Blanc 2011 – US$12

De cor branca. Baixa densidade. Na boca, macio, fresco, de corpo médio. Retrogosto médio. Bem elaborado. Para começar o dia, sem compromisso ou em um final de tarde em uma piscina. Bom. 78 pontos

02:Sauvignon Blanc 2010 – US$13,75

Amarelo. Grande viscosidade. Na boca macio, aveludado. Retrogosto médio. Bom. 79 pontos.

03: Chardonnay 2010 – US$11,75

Branco palha. Viscosidade média. No nariz aromas de baixa intensidade. Na boca de corpo médio, leve amargor no final. Não passou em barris de carvalho. Retrogosto curto. Razoável. 75 pontos.

04: Chardonnay 2009 – US$30

Já este Chardonnay passou por barrica de carvalho francês e americano. De cor branca clara. Baixa viscosidade. No nariz aroma rançoso não agradável. Na boca melhora um pouco, mas sem acrescentar muita coisa. Razoável. 75 pontos.

05: Pinot Gris 2010 – US$17

De cor levemente rosada. Alta viscosidade. No nariz leve aroma de petróleo. Na boca leve amargor, corpo médio. Retrogosto médio. Razoável; 76 pontos.

06: Riesling 2010 – US$11,75

De cor branca. Vinho bem fresco. Ótima viscosidade. De bom corpo. Muito bem elaborado e com excelente custo benefício. Bom vinho. 80 pontos.

07: Vidal – 2010 – US$9,50

Este vinho é elaborado com a casta Vidal muito plantada no Canadá para os Ice Wine. Foi a primeira vez que degustei um vinho seco com esta casta. Não gostei da proposta. Razoável. 76 pontos.

08: Gewurztraminer – 2010 – US$17

Um Late Harvest (colheita tardia), vinho de sobremesa de cor brnaca. Muito viscoso. No nariz boa intensidade aromática, mas com aromas de qualidade baixa, lembrando sabonete. Na boca melhora, retrogosto médio e levemente picante. Razoável. 79 pontos.

09: Pinot Noir 2010 – US$12,75

De cor rubi clara. Boa viscosidade. No nariz aromas finos elegantes de intensidade média e de boa qualidade. Na boca maico, de corpo leve. Retrogosto curto. Razoável. 80 pontos.

10: Cabernet Sauvignon 2011 – US$12,75

De cor rubi clara. Baixa viscosidade. Fraco de nariz. Na boca muito leve, fugidio. Fraco. 74 pontos.

11: Syrah 2011

De cor idêntica ao anterior. Viscosidade média. Segue a mesma linha apresentando no nariz aromas de baixa intensidade. Na boca de corpo leve. Fraco. 73 pontos.

12: Merlot 2011- US$12,75

De cor rubi clara. Viscosidade média. Na boca de corpo leve, ligeiro. Sem mostrar muita coisa. Fraco. 74 pontos.

13: Merlot 2010 – US$12,75

Mesma cor dos anteriores. Melhora um pouco no nariz. Na boca leve carga de taninos. Corpo leve. Razoável. 77 pontos.

14: Zweigelt + Merlot 2010

Este corte inusitado com uma casta da Áustria, a Zweigelt se apresentou de cor rubi, brilhante. No nariz aromas desagradáveis de sabonete. Na boca de corpo leve, fugidio, sem graça. Razoável. 74 pontos.

15: Merlot Family Reserve

Tentando subir de nível com relação à degustação dos 14 vinhos acima. Este Merlot mostrou um pouco mais de intensidade aromática que o Merlot 2010. Viscosidade média. No nariz aromas de couro. Na boca apresenta uma carga maior de taninos. Pena que os taninos não estavam bem maduros, causando adstringência. Bem elaborado. Bom. 79 pontos.

16: Assemblage 2010

Um corte de Cabernet Sauvignon + Merlot + Syrah de cor rubi pouco intensa. No nariz aromas de intensidade baixa. Na boca mesma estrutura do vinho anterior. Bom. 79 pontos.

17: Ice Wine de Cabernet Sauvignon

Saindo do tradicional Ice Wine (geralmente elaborado com a casta branca Vidal ou com a Riesling ou com a tinta Canbernet Franc), este inusitado vinho é interessante como vinho de sobremesa, mas um pouco forte perdendo a delicadeza. Mas vale. Bom vinho. 85 pontos.

18: Ice Wine Riesling – US$54

Amarelo escuro. Alta intensidade aromática e de excelente qualidade sobressaindo o mel. Na boca ele segue delicioso. Muito bom. 89 pontos.

19: Ice Wine Vidal – US$65

Amarelo escuro. Na mesma linha do anterior, com aromas intensos de mel, com um toque de elegância. Excelente. 90 pontos.

O vinho que veio do gelo.

22 de setembro de 2012

canada, ice wine, peninsula niagara

A região vinicola da Península de Niágara fica próxima à famosa; Cataratas de Niágara. Seus vinhedos se estendem entre a margem sul do lago Ontário e Eire ao Norte, o Rio Niágara a leste e a Niágara Escarpment ao sul. A colheita das uvas é realizada entre setembro e outubro.

Esta região vinícola não é tão bonita como a de Okanogan Valley, mas tem várias vinícolas interessantes para serem visitadas, especialmente para degustar os melhores Ice Wine do mundo. São cerca de 90 vinícolas, com destaque para: Inniskillin, Península Ridge, ThirtyBench, Konzelmann, Royal De Maria, Châteaudes Charmes, Henry ofPelham, Hillelsand, Jackson Triggs, Vineland Estates, South Brook, StratusVineyard e Cave Springs. Seu clima é continental e é moderado pelos grandes lagos que cercam Ontário.

As principais castas brancas plantadas são: Chardonnay, Riesling, Gewurztraminer, Pinot Gris, Auxerrois e a Vidal. A Vidal é uma uva híbrida e tem grande importância para o Canadá, para a elaboração do Ice Wine. As principais tintas cultivadas são: Cabernet Franc, Gamay Noir, Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Baco Noir e Marechal Foch.

Na maioria das áreas destinadas à viticultura, nesta região,a quantidade de horas de sol chega a ser semelhante à região da Borgonha na França, entretanto devido ao frio oriundo do Ártico a estação de cultivo das uvas é curta e arriscada para os viticultores, gerando uma tendência de acidez elevada nas uvas e não madureza completa da casca, suco e sementes. Por estes fatores a tendência dos vinhos produzidos é de retrogosto curto e pouco corpo e acidez um pouco elevada.

Em virtude destes fatores e do rigoroso inverno a região vinícola da Península de Niágara é o lugar ideal para a produção do curioso vinho de sobremesa (ou mesmo de entrada) o Ice Wine, elaborado como varietal das brancas Riesling, Vidal e Ehrenfelser. Sua curiosidade aumenta também nos vinhos Ice Wine tinto, elaborado com a casta Caberbet Franc. Além, as características climáticas agressivas do frio a região elabora alguns bons espumantes.

A grande vantagem do Ice Wine produzido no Canadá é que praticamente se consegue colher uvas congeladas todos os anos, mantendo assim excelente padrão de qualidade e a garantia de fornecimento constante ao mercado, diferentemente dos produzidos nos países de clima gelado, como Alemanha, onde recebe o nome de Eiswein, (nem todo ano se produz Eiswein na Alemanha).

O processo de elaboração do Ice Wine

A colheita das uvas que nesta região é realizada entre setembro e outubro é postergada para o Dezembro e Janeiro, período de inicio da temporada de frio de congelar a alma os cachos de uvas para se fazer o Ice Wine. Os cachos de uvas são colhidos durante a madrugada, congeladas. Este congelamento de cada bago gera um processo de desidratação da agua e grande concentração de açúcares e sabores marcantes. Para tal é necessário temperaturas em torno de 10 graus Celsius abaixo de zero.

O resultado é um branco doce, de baixo teor alcoólico com aqueles aromas etéreos que os bons vinhos de sobremesa exalam e que qualquer nariz mais cético é capaz de perceber. Na boca costuma vir uma sensação de compotas de frutas brancas ou cítricas, muito mel e grande untuosidade.Um vinho de sobremesa para ocasiões especiais. Para fechar um grande jantar.

Este vinho deve ser servido gelado, em torno de 10 graus e acompanha bem com doces após a refeição, ou até mesmo substitui à sobremesa tal a riqueza de seus aromas e saboresno nariz e no paladar. Pode também ser servido como entrada acompanhada de queijos azuis (harmonização por contraste). Apesar da doçura ele não é enjoativo, pois a acidez suporta a elevada doçura, suavizando-o, diferentemente da maioria dos vinhos de sobremesa que geralmente são mais alcoólicos e enjoativos. O teor médio de álcool do Ice Wine fica em torno de 9 graus.
Após degustar vários Ice Wine, elaborados com as castas Vidal, Riesling e Cabernet Franc, achei os vinhos a partir da Riesling mais elegantes, sem detrimento aos elaborados com a Vidal, que também são excelentes. Já os Ice Wine, tinto, elaborado com a Cabernet Franc vale pela curiosidade.

Nas próximas reportagens apresentaremos a análise orgaloléptica de vários vinhos Ice Wine degustados durante às visitas de algumas vinícolas da Península de Niágara.

Niagara Falls

18 de setembro de 2012

canada, cataratas

Deixamos para trás com muito pesar a espetacular cidade de Chicago e partimos para voltar ao Canadá. Atravessamos a fronteira americana por uma ponte magnífica, e chegamos no estado de Ontário.

Entramos para o lado canadense e instalamos nosso motorhome em um parque próximo às Cataratas de Niágara, importante ponto turístico visitado por mais de 12 milhões de pessoas por ano. É o lugar mais procurado pelos americanos em lua de mel.

Da janela do motorhome dava para escutar o estrondoso barulho da queda d’água, comprovando a origem da palavra Niágara (Onguiaahara – Grande Trovão de Águas).

Ela é majestosa, (4,5 milhões de litros por segundo) mas não chega aos pés das Cataratas do Iguaçú, que tivemos a sorte de visitar no começo de nossa maratona.

Muitos fatos curiosos, e até mesmo dramáticos fazem a história deste local.

Após vários acidentes fatais de tentativa de atravessar andando em corda ou cabo de aço suspenso, o governo dos Estados Unidos e do Canadá proibiram este tipo de loucura, durante 100 anos. Mas, em 16 de junho de 2012 assistimos pela TV o acrobata americano Nik Wallenda cruzar com êxito as cataratas do Niágara desde a parte americana da queda d’água até o outro lado, o canadense.

Alguns já haviam conseguido, mas não na parte principal, mais larga, próximo à queda d’água. No local pudemos sentir a dificuldade que ele deve ter passado; corda molhada, frio intenso e ventos uivantes.

Wallenda pertence a uma família de acrobatas e artistas circenses. Ele começou a praticar o ato de andar na corda bamba aos 2 anos de idade. Seu bisavô morreu ao tentar andar sobre uma corda bamba aos 73 anos, em uma proeza mal sucedida realizada em Porto Rico.

Muitas pessoas se suicidaram. Outras tentaram descer dentro de barril de madeira. 16 loucos e corajosos já o fizeram e 11 deles sobreviveram.

Em agosto de 2011 uma estudante-turista japonesa estava sentada em uma mureta, perdeu o equilíbrio e foi engolida pela força das águas.

Ficamos apreciando a beleza do lugar e de repente um lindo arco-iris apareceu pra deixar o lugar mais mágico .

Chicago

16 de setembro de 2012

chicago, estados unidos

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Paramos na cidade de Chicago, estado de Illinois, terceira mais populosa dos Estados Unidos. Ótima escolha! A cidade amada por Sinatra impressiona pela sua arquitetura arrojada e futurista.

Como a região em volta de Chicago é grande fornecedora de madeira, quase todas as casas foram construídas do material, até que em 1871 ocorreu um grande incêndio que engoliu a cidade, vindo a falecer cerca de 300 pessoas.

Porém, a cidade foi rapidamente reconstruída com a participação de muitos arquitetos famosos que com criatividade elaboraram e implantaram um planejamento urbano, formando um conjunto de arranha-céus lindamente distribuídos, harmônico, belo e imponente, no centro financeiro de Chicago.

Nem tudo é flores, a invovação da cidade de Chicago na arquitetura e engenharia afetou suas vias públicas. Para minimizar problemas de trânsito, ruas com dois ou três andares correm ao longo da cidade, entrecortadas por um metrô de superfície antigo e barrulhento.

Conhecemos a Cloud Gate escultura do artista Anich Kapoor Inspirada pelo mercúrio em estado líquido, a superfície da escultura reflecte e distorce o panorma urbano da cidade. Os visitantes podem andar em seu redor e mesmo debaixo sendo muito popular devido devido as possibilidades fotográficas únicas.