É uma técnica empregada pelos enólogos de expor o vinho ao oxigênio, durante a etapa de elaboração.
Consiste na injeção de micro-bolhas de oxigênio no vinho, substituindo a oxigenação que aconteceria nos barris de carvalho com o passar dos anos, acelerando o processo de “domar” os taninos dos vinhos.
Este procedimento ajuda a dar estrutura, estabilizar e melhorar a cor, aromas, tornar os taninos mais macios e destacar os sabores de fruta da bebida.
A micro-oxigenação produz efeitos significativos na composição de antocianinas, pigmentos pertencentes ao grupo dos bioflavonóides responsáveis pela cor final de alguns vinhos tinto.
A consequência mais evidente da micro-oxidação é um claro aumento do processo de transformação/polimerização das antocianinas livres, permitindo a obtenção de vinhos com uma coloração mais estável e, por vezes, mais intensa, efeito que foi mais imediato e duradouro quando o oxigênio é aplicado antes da fermentação malolática (consiste na transformação do ácido málico em ácido láctico por ação bactérias lácticas adicionadas ao vinho).
Nesta operação não se procura captar o oxigênio, mas sim introduzi-lo de forma controlada e racional em pequenas doses no tempo (alguns miligramas/litro/mês). Esta técnica permite um controle muito apertado nas qualidades organolépticas do vinho.
A Micro-oxigenação é conhecida como uma solução para eliminar os carácteres herbáceos e vegetais dos vinhos. Pelo contrário, o fator frutado e varietal é enaltecido. A Micro-oxigenação estabiliza a cor e tende a fazer diminuir a adstringência no tempo.
Na verdade o nome mais indicado é Hiperoxigenação, (técnica pré-fermentativa, onde o oxigênio é incorporado em doses elevadíssimas, superiores às que eventualmente se podem medir num oxímetro convencional (mais de 20mg/l).
O princípio é oxidar rapidamente no mosto os composto fenólicos que, após vinificação, são responsáveis por transmitir aos vinhos notas herbáceas e de amargor. Os vinhos revelam-se sensorialmente mais corretos e mais estáveis a nível da sua cor.