Esta vinícola é conhecida internacionalmente, principalmente no Brasil, pelo seu vinho Rubicon (um blend de estilo bordalês) e localiza-se em Stellenbosch. O Rrubicon em 2009 foi considerado “The best new World Red). A propriedade (fazenda) através do tempo passou por muitas mãos e hoje quem comanda é a família Myburgh. A área de vinhedos é de 120 hectares, plantados com 90% de uvas tintas (Pinot Noir, Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot), e a 10% de Chardonnay. Sua produção é de 500.000 litros/ano.
Como foi criado do vinho Rubicon: “Alea iacta est. The die is cast” (A sorte está lançada), disse Julio César a sua tropa que estava sendo conduzida para Roma, ao atravessar a fronteira da antiga capital à margem do Rio Rubicon. Depois de cerca 2000 anos, o pai de Nico Mybyrgh, em férias na região descobriu um “terroir” semelhante a sua área, na França, com clima distinto. Depois de alguns anos Nico, junto com o enólogo Giorgio Dalla Cia, elaboraram um vinho em corte de 70% de Cabernet Sauvignon, 20% de Merlot e 10% de Cabernet Franc. E como César não retornou mais. Este corte foi batizado de Rubicon.
Degustação na Meerlust:
01: Chardonnay Meerlust 2011 – R225 (US$22,5)
Amarelo claro. Viscosidade baixa. Nariz de intensidade média remetendo a maçã. Na boca, macio, equilibrado, boa acidez, fresco. Retrogosto médio. Muito bom. 86 pontos.
02: Pinot Noir 2011 – R210 (US$21)
De cor salmão claro. Viscosidade média. Nariz de intensidade média remetendo a flores vermelhas, de boa qualidade. Na boca, macio, elegante, fino, de corpo leve. Retrogosto médio. Muito bom. 85 pontos.
03: Merlot 2009 – R225 (US$22,5)
De cor vermelho com nuances de granada. Viscosidade média. No nariz, aromas de papelão, desagradável. Esta garrafa estava com problemas. Na boca, taninos verdes, de corpo médio. Retrogosto curto. 80 pontos apesar do aroma não estar bem. Seria conveniente abrir outra garrafa para confirmação.
04: Meerlust Red 2011 – R148 (US$15)
Normalmente nos rótulos dos vinhos da África do Sul quando aparece a palavra Red significa um vinho tinto em corte ( mais de uma uva). Este esta com 52% de Merlot, 32% de Cabernet Sauvignon, 10% de Cabernet Franc e restante de Petit Verdot. 55% dele estagiou em barris de carvalho francês de primeiro uso e restante de segundo uso. De cor purpura, opaca. Viscoso. Aromas intensos de ótima qualidade, complexo. Na boca de bom corpo. Taninos presentes, macios e maduros. Retrogosto longo. Muito bom. 88 pontos.
05: Cabernet Sauvignon 2010 R225 (US$22,5)
Este vinho passou 18 meses em barril. De cor violeta, escuro, mostrando muito extrato. Viscoso. Nariz de intensidade média, destacando aromas de couro. Na boca, boa carga de taninos jovens que necessitam de mais alguns anos para mostrar todo o seu vigor. Retrogosto médio. Muito bom. 89 pontos.
06: Rubicon 2008 R300 (US$30)
Este vinho é velho conhecido meu. E ele me surpreendeu em uma degustação realizada há muitos anos no Brasil.
Este da safra de 2008 é um corte de 71% de Cabernet Sauvignon, 28% de Merlot e restante de Cabernet Franc. Passou 20 meses em barris de carvalho de primeiro uso (70%) e restante em carvalho de segundo uso. De cor rubi para granada, opaco. No nariz, boa carga de chocolate e especiarias de ótima qualidade. Ainda um pouco fechado. Na boca, macio, taninos maduros e domados. Retrogosto de médio para longo. Mais uma vez este vinho não me decepcionou. Excelente. 90 pontos.