Depois de quase 20 meses de viagem, aumentamos consideravelmente nosso conhecimento sobre história e geografia. Entretanto, ficamos alienados das notícias do Brasil e do mundo internacional,pois praticamente não liamos jornais e não assistíamos televisão. E, esta falta de informação gerou um fato inédito.Estávamos por terminar nossa visita à Istambul quando de repente decidimos dar um pulo no Egito. Estacionamos o motorhome no aeroporto de Istambul e fomos comprar passagem. Estava uma pechincha. Deixamos o motorhome no aeroporto e a meia noite embarcamos. O avião estava vazio, sem muitos passageiros. Tudo muito estranho.
Mais estranha foi nossa chegada. A cidade do Cairo estava cercada por barricas e tanques. Não sabíamos que o Egito estava em uma guerra civil. Foram três dias tensos. A cidade do Cairo decepcionou: suja, pobre, imunda. Relaxada por milhares de anos de má administração. Como que uma das mais importantes civilizações do mundo antigo parou no tempo. Triste Cairo.
O trânsito é caótico. Não existe sinal de transito. Na rua víamos camelos descansando e animais sendo transportados sem qualquer segurança.
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Ficamos isolados no Hotel Hilton. Não era seguro sair batendo perna pela cidade. Além dos olhos tortos do povo local, o país passava por uma delicado período instável e não convinha andar sozinhos. De lá do quarto víamos o museu Egípcio de Antiguidades. Saímos somente por três vezes com um guia, para visitar as pirâmides do Egito , o museu, uma famosa mesquita, além de uma breve visita a uma fábrica de papiro e essências.
As três pirâmides construídas, há mais de 2500 anos, no Antigo Egito, localizadas no planalto de Gizé, na margem esquerda do Nilo são formadas por uma base quadrada de quatro faces triangulares que convergem para um vértice. Chegamos lá com o guia contratado dentro de uma van e passeamos pela região desértica até pararmos próximo as pirâmides.
Cercadas de mistérios, despertam interesse de historiadores, arqueólogos e estudiosos de civilizações antigas. É integrante tentar descobrir como após tantos séculos elas ainda resistem à corrosão dos ventos e tempestades de areia.
É integrante querer descobrir a finalidade exata de sua construção. Lendas à parte sua construção está associada ao misticismo e a crença politeísta (credo em vários deuses) de conservar o corpo e os pertences para outra vida, sendo destinado aos faraós e alguns sacerdotes mumificados.
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O passeio que mais gostamos foi durante a noite. O jogo de luzes sobre as três pirâmides Quéops Quéfren e Miquerinos conta um pouco da história e aproxima o turista com o monumento.
No dia seguinte visitamos uma mesquita onde Natália vestiu uma roupa típica para permitir entrada no templo. O lugar era lindo.
Deixamos a cidade do Cairo com um pesar no coração, sabendo que o país enfrenta vários problemas sociais onde a miséria está presente em todo lugar. Voamos de volta para a Turquia com objetivo de pegar nosso motorhome. Iríamos agora dirigir muitos Km subindo todo leste europeu.