Diferentemente do Douro, o Alentejo é uma planície esverdeante, com campos a perder de vista, repleta de ovelhas, bosques de sobreiros (árvores para a fabricação de rolhas de cortiça), plantações de cereais, azeitonas e vinhedos.
Depois do Douro, o Alentejo é a região vinícola mais importante de Portugal. Os vinhedos situam-se entre 50 a 200 metros de altitude e espalhados por toda a região. Invernos pouco frios e verões bem quentes, chuvas quase inexistentes (índice pluviométrico de 60 mm anuais), geram um clima propício a viticultura. Como chove pouco, muito vinhedos são irrigados.
O Alentejo fica no sudeste do país, entre as cidades de Portalegre, ao norte, e Beja, ao sul. Entre as duas, no centro da região está a cidade de Évora, a capital do vinho do Alentejo.
O Alentejo é uma vasta região com cerca de 10% de toda a área plantada com vinhas em Portugal. Como o nome diz, fica além do Rio Tejo, para o sul, começando próximo a Lisboa (em um raio de 200 km) e terminando próximo à fronteira com a Espanha.
Seu clima quente e ensolarado durante o verão produz tintos maduros, elaborados principalmente com as cepas básicas do Alentejo: Aragonês ( Tempranillo de Rioja e Tinta Roriz do Douro), Trincadeira (Tinta Amarela), Periquita, Afrocheiro e Alicante Bouchet. O recente grande destaque fica por conta da casta francesa Syrah que se adaptou muito bem no Alentejo. Esta casta gosta de clima quente.
Os tintos dominam o Alentejo tanto em quantidade como em qualidade. Apesar do domínio dos tintos, alguns brancos apresentam boa qualidade, elaborados com castas de nomes diferentes, como: “Roupeiro” (a mais plantada), “Rabo de OVelha” e “Antão Vaz”.
O estilo de seus vinhos se divide em dois: vinhos de fabricação em massa, para o grande mercado consumidor (vinhos simples, mas bem elaborados) e vinhos tintos diferenciados que vêm recebendo excelentes notas da crítica internacional. Além disso, no Alentejo existe grande variedade de castas tintas e brancas, autóctonas, que representam bem Portugal, quebrando “a mesmice internacional” das mundialmente tradicionais Cabernet Sauvignon e Chardonnay.
Há algumas décadas era normal a pisa das uvas por homens em lagares (tanques de concreto) revestido de pedras, para extrair grande carga de cor e taninos para a elaboração dos vinhos tinto. Atualmente, a pisagem por homens está sendo sendo substituída por pás mecânicas que imitam os pés dos humanos e seu movimento, dentro do lagar.
A região vinícola do Alentejo possui duas denominações: DOC Alentejo e Regional Alentejano
O Alentejo tem 8 sub-regiões:
- Portalegre (DOC)
- Borba (DOC)
- Redondo (DOC)
- Reguengos (DOC)
- Vidigueira (DOC)
- Evora (IPR)
- Granja-Amareleja (IPR)
- Moura (IPR).