Istambul é uma cidade situada em dois continentes. Parte fica na Europa e parte na Ásia, com o Estreito de Bósforo dividindo os continentes. A parte que fica do lado Europeu é mais turística e interessante, repleta de lugares para se visitar ao som das orações que saem dos altos falantes das torres das mesquitas, repetidas 5 vezes ao dia.
Começamos pela visita ao Topkapi Palace, construído em 1478 para funcionar como centro administrativo do Império Otamano e residência dos Sultões por 380 anos. Hoje funciona como Museu e quem vai a Istambul é uma visita obrigatória, para entender o modo de vida durante a dinastia otomana.
O Palácio não é um esplendor de construção. É grande, mas simples. O que impressiona é a coleção de peças e jóias daquela época. Interessante também percorrer as dependências (cerca de 300 quartos, 9 banhos turcos, duas mesquitas, um hospital e o Harém onde viviam as concubinas, as ninfas, a mãe do Sultão e as áreas privadas das preferidas esposas do Sultão.
Pela primeira vez na vida tivemos a oportunidade de visitar uma mesquita islâmica. A curiosidade aumentava a cada passo que nos aproximávamos da Mesquita Azul, em Istambul.
A Mesquita Azul é a maior mesquita de Istambul. É um símbolo religioso para os muçulmanos. É considerada uma das obras-primas do mundo islâmico e uma das maiores criações arquitetonicas de Istambul.
De todas as partes da mágica Istambul pode-se avistar a cúpula principal da mesquita, com seus 43 metros de altura e diâmetro de 23 metros, com janelas de vidro azul por onde a luz natural se propaga pelo interior da mesquita, revelando os azulejos azuis das paredes internas.
Na entrada começamos a seguir o ritual imposto. Tirando os sapatos, Natália precisou cobrir com um véu a cabeça. Os que estão usando bermudas, abaixo do joelho ,também precisam cobrir as pernas peladas.
Um gigantesco tapete cobre a área interna, cujo pé direito é muito elevado, e no centro uma cúpula gigantesca e maravilhosa, que absorve os pedidos de cada crente, diretamente ao seu Deus, Allah. Agachados em um tom um pouco melancólico frases são quase que cantadas, retiradas do livro Sagrado dos mulçumanos, o Alcorão, revelado pelo Anjo Gabriel ao Profeta Mohammad (Maomé), por volta dos 632 anos depois do profeta Jesus (o islamismo considera Jesus o penúltimo profeta e o respeitam como profeta e não como filho de Deus).
Os belos mosaicos azuis das janelas criam um ambiente único e porque não dizer místico e divino. É um lugar de paz. Uma paz que poderia ser posto em prática entre seus povos, sem guerra, sem ódio, sem misturar religião, com poder e com o estado.
Depois fomos visitar a Caverna, poço de depósito de água, utilizado naqueles tempos….
Outro ponto imperdível é perambular pelos labirintos do grande Bazar. É um barato, mas só fica barato no bolso depois de muita pechincha. Pechinchar é a ordem. Mas, às vezes nem precisa. O vendedor turco vai abaixando o preço à medida que vamos andando e não mostrando interesse na compra.
O Grande Bazar é mágico em múltiplas cores. Tapetes coloridos espalhados pela loja, tabuleiros de pimentas e condimentos coloridos dão mais cor ao ambiente.
Nossa viagem é longa, e a conhecer a Ásia não faz parte do nosso projeto. Mas, queríamos botar o pé neste continente. Atravessamos a ponte sobre o Estreito de Bósforo e passamos para o lado asiático da Turquia. Demos uma voltinha com o motorhome na parte asiática e voltamos para a Istambul ocidental.