A Cartuxa ou Fundação Eugênio de Almeida, fundada em 1973, localiza-se nos arredores da cidade de Évora.
Seus rótulos são bastante conhecidos no Brasil. Seus vinhos são para o dia a dia, exceto o Cartuxa e o Pêra Manca (vinho excepcional). Antigamente suas dependências faziam parte do Convento da Ordem dos Cartuxos.
As principais castas tintas plantadas são: Touriga Nacional, Aragonês, Castelão (Periquita), Trincadeira, Alicante Bouchet e Syrah. As brancas: Arinto, Antão Vaz, Roupeiro e Malvasia fina.
Degustação na Cartuxa:
01: EA Branco – Vinho Regional Alentejano 2011
Um branco de corte com a branca Roupeiro, Antão Vaz e Perrum (uva pouco comum) estava com cor amarela de intensidade média. Viscosidade média. No nariz, boa intensidade aromática, fresco, jovial. Aromas de frutas cítricas. Na boca boa acidez. Muito bom. 85 pontos.
02: Évora Branco – D.O.C. 2010
De cor idêntica ao vinho anterior, elaborado com a casta Assário. Viscosidade média. Aromas de intensidade média. Fechado, no nariz. Na boca, leve agulha, corpo médio, um pouco agressivo. Bom vinho. 83 pontos.
03: Cartuxa Colheita – Branco -2010
Elaborado com a Arinto e Antão Vaz de cor amarelo intenso. Alta viscosidade. Aromas amanteigados de ótima qualidade. Na boca, macio, boa acidez que refresca a boca. De corpo médio para alto.. Retrogosto médio. Muito bom. 85 pontos.
04: Scala Coeli Branco -2010
Elaborado com a casta francesa Viognier que está se ambientando bem no Alentejo. De cor amarelo dourado de alta intensidade. Viscoso. No nariz, aromas elegantes e de alta intensidade de maçã verde. Na boca, ele deixa a desejar por falta de corpo e sem acrescentar nada. Retrogosto médio. Bem elaborado, para o dia a dia. 84 pontos.
05: Pera Manca Branco D.O.C – 2010
Feito com a Arinto e Antão Vaz este famoso vinho, (não tão bom quanto o famoso tinto) se apresentou com uma cor amarela forte. Alta viscosidade. No nariz aromas delicados e elegantes e de boa intensidade remetendo frutas cítricas verdes. Na boca, bom ataque sentido directamente nas bochechas. Retrogosto médio. Muito bom. 86 pontos.
06: Espumante 2008
Elaborado com a Arinto, com Perlage fina, com bom fluxo, contínuo. Aromas frescos de maças. Na boca, leve torrada e pão. Retrogosto curto. Não gostei do estilo. Regular. 78 pontos.
07: Espumante Reserva
Também com a casta Arinto este espumante Bruto (é assim mesmo em Portugal e não Brut), “perlage” fraco, bolhas sumiram rapidamente comprometendo o transporte de aromas ao nariz que se apresentou de fraca intensidade do grupo lácteos. Na boca, enjoativo, sem corpo e sem ataque. Regular. 79 pontos.
08: Rosé de Touriga Nacional e Syrah – 2011
De cor salmão, clara e transparente, brilhante. Viscosidade média, mas boa para um Rosé. No nariz, aromas intensos de cereja e depois surge fruta em calda. Na boca, de corpo médio, macio e falta frescor e um pouco mais de corpo. Razoável. 79 pontos.
09: EA Tinto 2011
Um tinto de corte de Trincadeira, Alicante Bouchet, Aragonês e Castelão (Periquita) se apresentou de cor violeta, brilhante. Viscosidade média. No nariz, fresco e frutado. Intensidade aromática baixa. Na boca, de corpo leve. Vinho para o dia a dia. Bem elaborado. Vinho leve. 82 pontos.
10: EA Tinto Reserva
Um corte de Aragonês com Alicante Bouchet e Syrah, de cor violeta. Fechado sem apresentar aromas. Viscosidade média. Na boca, de corpo leve, taninos leves, com pouca carga. Retrogosto curto. Bem elaborado. Simples. Bom vinho. 83 pontos.
11: Foral de Évora – Tinto D.O.C -2009
Um corte de Aragonês, Alicante Bouchet e Trincadeira de cor mais escura do que o vinho anterior. Passou 12 meses em barris de carvalho e 12 meses em garrafa. Viscosidade média. No nariz, aromas de intensidade média de cereja, sem complexidade. Na boca, de corpo médio, taninos um pouco verdes, mas sem comprometer o todo. Retrogosto médio. Bem elaborado. Vinho simples, para o dia a dia. Bom. 84 pontos.
12: Cartuxa Tinto -2009
Este famoso vinho, muito conhecido dos brasileiros estava com cor escura, quase negra. Alta intensidade aromática mostrando chocolate. Na boca, macio, de corpo médio. Taninos de boa qualidade e maduros. Retrogosto médio. Muito bom. 86 pontos.
13: Cartuxa Tinto Reserva 2009
Corte de Alicante com Aragonês. De cor granada escura. Alta viscosidade. No nariz, aromas de couro e especiarias, sobressaindo o cravo. Na boca, boa carga de taninos, redondos e macios. Retrogosto médio. Ainda está muito jovem. Deve-se esperar mais alguns anos para degustá-lo. Muito bom. 89 pontos.
14: Scala Coeli Tinto – 2008
Varietal de Alicante Bouchet que passou 18 meses em barricas, de cor negra. Alta viscosidade. No nariz, fechado. Na boca, bom corpo, taninos presentes, pegando um pouco. Retrogosto médio. Muito bom. 88 pontos.