

Um dia glorioso. Entrar neste castelo, localizado próximo à cidade de Calistoga com a presença ilustre de meu primo Dilson Frota Morais da Leucotron, de Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais.
A Leucotron é nossa parceira e está fornecendo o sistema Nomad para facilitar nossa vida de ligações telefônicas durante a viagem. O sistema funciona como se fosse um ramal da Leucotron, com custo zero. Ou seja, qualquer seguidor de nosso projeto ligando para o motorhome paga somente uma ligação interurbana para Santa Rita do Sapucaí.
A construção deste castelo estilo Toscana começou em 1993 e foi inaugurado em 2007. A maioria dos seus vinhos são elaborados com castas oriundas da Itália e no estilo da Toscana. Para nossa surpresa, o tour e a degustação foi realizada por uma brasileira chamada Aline, especialista em vinhos formada na Califórnia.
Degustação no Castello di Amorosa:
01: Pinot Grigio – 2011 – US$20
Nada como começar uma degustação em um castelo na Califórnia com ares da Toscana, com um vinho oriundo desta famosa casta branca da Itália.
De cor branca. Viscosidade média. No nariz aromas leves e delicados de frutas maduras, sobressaindo o abricot. Boa acidez, fresco. Na boca equilibrado, bom corpo, harmônico. Muito bom. 87 pontos.
02: Chardonnay 2010 – US$20
De cor amarelo bem clarinha. Viscosidade alta. No nariz boa intensidade aromática remetendo a frutas cítricas maduras. Na boca boa presença, macio, retrogosto curto. Muito bom. 87 pontos.
03: Pinot Bianco – US$25
As uvas deste branco italiano vêm da região de Los Carneros. De cor branca. Alta viscosidade. No nariz aromas deliciosos e de ótima qualidade lembrando abacaxi por amadurecer. Na boca macio. Retrogosto médio. Muito bom. 87 pontos.
04: Gewurztraminer Dry
Esta uva vem dos vinhedos de Mendocino- Anderson Valley. De cor amarela clara. Alta viscosidade. Alta intensidade aromática apresentado aromas de lichia (uma característica desta casta). Na boca macio, de bom corpo. Retrogosto longo. Muito bom. 88 pontos.
05: Rosé de Sangiovese
Mais uma uva italiana para um Rosé de cor salmão, clara. Alta viscosidade. Aromas enjoativos e de média qualidade. Na boca corpo médio, leve amargor no final. Não muito fresco. Razoável. 79 pontos.
06: Gewurztraminer (Dolcino)
Este vinho de sobremesa natural, (açúcar residual devido à interrupção da fermentação). De cor amarela clara. Alta viscosidade. No nariz aromas de alta intensidade, mas enjoativo com gosto de xarope. Não gosto da proposta, Descartável. 70 pontos.
07: Pinot Nero 2010 – US$36
A Pinot Nero é a Pinot Noir da Itália. De cor rubí brilhante. Grande viscosidade, mostrando na parte interna da taça lágrimas teimosas que demoraram cair. No nariz aromas de intensidade média de boa qualidade remetendo a couro. Na boca taninos domados, corpo médio. Elegante. Muito bom. 88 pontos.
08: Sangiovese 2008 – US$39
Continuando nossa viagem pelas castas italianas, este Sangiovese de cor rubí, brilhante, mostra viscosidade média. Baixa intensidade aromática. Fechado e não abriu. Na boca taninos domados, corpo médio. Retrogosto curto. Bom vinho. Caro pelo que apresenta. 84 pontos.
09: Barbera 2010 – US$28
Mais uma incursão na Itália. De cor rubí brilhante. Viscosidade média Vinho ainda fechado sem possibilidade de uma melhor análise de seu nariz. Depois de alguns minutos nada mudou. Na boca corpo leve, vinho simples, curto. Razoável. 79 pontos.
10: Merlot 2008
Deixando a Itália passamos para este Merlot de cor granada. Alta viscosidade. No nariz aromas fracos de madeira de péssima qualidade que não me agradou. Nada a acrescentar. Vinho descartável. 74 pontos,
11: Il Brigante
Um corte de Cabernet Sauvignon + Sangiovese + Merlot + Cabernet Franc + Zinfandel.
Se não fosse a presença da Zinfandel poderíamos chamar este vinho de um super toscano. O super toscano é um estilo de vinho que utiliza uva italiana em corte com uvas francesas. Desta forma não recebe na Itália a denominação DOC ou DOCG (proibido pela legislação). Os viticultores que utilizam nos cortes de seus vinhos uvas não italianas são considerados como foras da lei e somente recebem o certificado de qualidade IGT (Indicação Geográfica Tipicidade). Muitos deles são maravilhosos e caríssimos.
Infelizmente não é o caso deste vinho de cor rubí. Viscosidade média. No nariz aromas de intensidade baixa, sobressaindo o álcool. Na boca de corpo médio, simples e leve. Razoável. 78 pontos.
12: Cabernet Sauvignon 2007 – US$45
De cor rubí. De boa viscosidade. No nariz aromas remetendo a couro e de boa qualidade. Na boca macio, taninos maduros. Retrogosto médio. 88 pontos.
13: La Castellana 2006 – US$68
Um corte de Cabernet Sauvignon (74%) com Sangiovese (14%) e Merlot (12%). Um supertoscano da Califórnia? De cor granada. Alta viscosidade. No nariz aromas de tomate, sem ser enjoativo. Na boca bom ataque, presença de madeira sem matar a fruta. Retrogosto longo. Muito bom. 89 pontos. Este podemos dizer que lembra um super toscano.
14: Il Barone 2008 – US$88
Um “assemblage”(corte) de Cabernet Sauvignon (80%) e restante de Petit Verdot. De cor granada, mostrando os seus 4 anos de vida. Alta viscosidade. Na boca taninos por evoluir. Boa presença de boca. Retrogosto médio. Muito bom. 89 pontos.
15: Chardonnay Reserva 2010
Uvas provenientes de Santa Bárbara este Chardonnay se apresentou de cor branca. Boa viscosidade. Na boca macio, elegante. Retrogosto médio. Muito bom. 89 pontos.
16: Il Raggio del Sole – US$28
De cor amarelo. Viscosidade media. Aromas primários deliciosos da casta moscatel. Na boca macio, aveludado, delicioso. Bom vinho. 86 pontos.
17: La Fantasia – US$29
Este Rosé de cor salmão claro tem baixa viscosidade. No nariz; rosas vermelhas, bastante enjoativo. Na boca, sem frescor, muito doce. Não gosto do estilo. Vinho descartável. 68 pontos.
18: Gewuratraminer – Late Harvest (colheita tardia)
Este vinho de sobremesa de cor branca. Aromas de alta intensidade e de boa qualidade. Na boca uma doçura um pouco desequilibrada, tornando-o levemente enjoativo. Bom vinho. 84 pontos.
18: Il Passito 2009
Para fechar a degustação foi servido mais um vinho no estilo italiano e este Passito foi elaborado com uvas botritizadas das castas Semillón e Sauvignon Blanc. Esta técnica de fazer vinhos de sobremesa consiste em deixar um fungo atacar as uvas supermaduras. Este fungo desidrata as uvas aumentando a concentração de açúcar do mosto, quase um mel.
Este Passito de cor dourada apresentou-se com alta viscosidade, quase um azeite. No nariz alta intensidade aromática remetendo a mel de excelente qualidade. De tão deliciosos aromas não dá vontade de passar para a outra fase; análise de boca. Mas temos que finaliza: na boca grande corpo, uma doçura maravilhosa. Um final de boca longo que impregna toda a faringe e o olfato. Um maravilhoso vinho de sobremesa. Excelente. 91 pontos.