Vinícola: Bouza
01:Alvarinho 2011
Uma casta portuguesa no Uruguai, rara na América do Sul. Logicamente as condições climáticas do Uruguai são bastante diferentes da região do Minho, norte de Portugal, berço desta famosa casta que gera o famoso Vinho Verde, nunca igualado
fora da terra de Camões. O vinho de cor amarelo claro. No nariz forte intensidade aromática. Aromas de qualidade que lembra maçã verde, madura. Na boca, bom corpo, boa acidez, (não tão pronunciada como os Alvarinhos portugueses), mas se apresentou bem.Retrogosto longo. Um bom Alvarinho dos pampas.
02:Tannat 2011
A proposta é não passá-lo em barricas de carvalho para apresentar a tipicidade do tannat e de sua fruta. A safra de 2011 foi excepcional e proporciona isto. Ostaninos estão tão maduros que mesmo o vinho sendo jovem, não apresenta forte adstringência.Seus taninos já estão domados em seus 15,5 % de álcool.
03:Montevídeo – 2009.
Um corte de 50% de Tannat, 30% de Merlot, 20% de Tempranillo. É o vinho top da vinícola Bouza. É elaborado das melhores parcelas dos vinhedos, colhidas a dedo. Na boca está equilibrado. Muito bom.
04: Tannat A6.
A6 significa uma parcela do vinhedo, (talvez a melhor do vinhedo). O
vinho passa 18 meses no barril de carvalho francês de primeiro uso. Não me impressionou muito por percebi que a
madeira está escondendo a fruta. Na boca, taninos maduros, retrogosto longo. Bom
vinho.
Vinícola:Juanicó
01: Massimo Deicas Tannat 2007 – US$85
Um fora de série. Tannat potente, de mastigar tamanha sua estrutura. Os taninos ainda estão por domar. Mostrará mais coisas daqui uns dois anos. Grande corpo e retrogosto longo. Um grande representante Uruguai desta casta emblemática. Vinho de alta gama; como gostam de falar os enófilos e críticos de vinhos deste belo país.
Vinícola: Filgueira
01: Sauvignon Gris – 2011 – Linha Clássica – R$15,00
Poucas vinícolas do Uruguai plantam esta casta. E na Filgueira ela mostra todo seu potencial. Este vinho não passou pela barrica de carvalho, mostrando cor amarela de intensidade média. No nariz forte intensidade aromática, remetendo a aromas de frutas maduras, damasco. Na boca, bom ataque, mineralidade, corpo médio, acidez e frescor. Retrogosto médio. Um vinho branco, jovial, fresco, para as praias do Brasil. Excepcional custo benefício. Este vinho tem potencial para obter sucesso comercial no Brasil. Um vinho alegre como os tupiniquins para harmonizar com peixes leves.
02: Sauvignon Gris – 2009- Reserva – R$24,00
Amarelo dourado, mostrando que passou pelo carvalho. Aromas de frutos secos, amêndoas. Com incríveis 14,5% de álcool, equilíbrio perfeito entre o alto percentual de álcool e a acidez. Na boca; bom ataque, encorpado, retrogosto longo. Um estilo diferente do anterior que harmoniza com camarão ou lagosta.
03: Corte de Tannat e Cabernet Franc 2011 – R$14,50
A presença do Cabernet Franc neste corte tem a finalidade de gerar mais aroma e presença de cor, deixando para a Tannat a
textura. A proposta deste vinho é jovial, não passando por barricas. De corpo médio. Ainda está muito jovem para se
beber, com taninos ainda agressivos. Tem que esperar mais dois anos para domá-los. Vinho para o dia a dia. Mais uma vez, excelente custo benefício.
04: Tannat 2011 – R$14,50
Cor violeta, brilhante, bom corpo, lagrimas presentes, boa densidade. No nariz ainda fechado não mostrou intensidade aromática. O detalhe é que não passa por barrica e para domar rapidamente os taninos é utilizado da prática de micro-oxigenação. Novamente excelente custo- qualidade.
05: Pinot Noir 2011 – R$20,00
Casta da Borgonha, que fora dela é de difícil adaptação. Não muito comum no Uruguai, este Pinot Noir de Filgueira surpreende pela sua cor, escura e de alta intensidade. Diferentemente da elegância de Borgonha, este Pinot Noir mostra potência e corpo, com seus 14% de álcool. Adorei este vinho e a proposta da enóloga Melissa.
06: Propium Tannat 2011 – R$20,00
A palavra latina Propium entra no rótulo para dizer que a Casa Filgueira tem seus próprios vinhedos. De cor violeta, com boa
intensidade aromática. Na boca taninos ainda para serem domados, ainda está muito novo para ser consumido. Mostra potencial.
07: Cabernet Sauvignon 2002
Este vinho não passa por barricas e sua cor atijolada mostra os seus 10 anos. Ainda está vivo, porém seus taninos tem certo toque herbáceo. Parece que é uma característica desta casta na região de Canelones, onde ela não se adapta muito bem, não atinge sua maturidade total.
08:Tannat 2009 – Reserva – R$24,00
Novamente como o Uruguai consegue fazer vinhos a este preço, ainda mais considerando um reserva. É um desafio para os preços estratosféricos praticados no Brasil.
Cor negra, profunda, opaca. Aromas intensos de marmelada (uma compota – geleia), que passa rapidamente para ameixas maduras. Aromas doces e intensos que passam por cravo da Índia. Na boca ele se apresentou fechado, talvez pela temperatura fria que foi servido. Excepcional custo – qualidade.
09: Super Premium Estirpe 2007
A palavra estirpe pode ser apresentada como um “sangue azul”, termo de distinção, em busca de um ícone. Este corte de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Syrah harmonizou muito bem com o almoço oferecido, com o prato principal – Assado Uruguay.
Vinícola: H. Stagnari
01: Cabernet Sauvignon Primer Vinedo 1×1
1×1 significa distâncias de um metro em fileiras de parreiras e de cada planta. Na boca o vinho se apresenta com taninos maduros, boa madeira. Muito bom.
02: Viejo Tannat – 2008 – R$31,00
Um dos vinhos mais premiados desta bodega e pela bagatela de R$31,00 (preço no Uruguai). Um tannat para se mastigar, tal sua estrutura, extrato e corpo. Vinho excelente. Um dos grandes tannat que degustei até agora, que comprova as diferenças desta casta emblemática do Uruguai, cujas características são diferentes de sua origem, na França. O Tannat Uruguai se apresenta menos rústico, sua adstringência é menos marcante. Esperamos para quando a equipe do projeto WWA chegar na França para checar isto.
Vinícola: Varela Zarranz
01: Petit Grain Muscat 2011 – R$15,00
De cor amarelo claro, intensidade aromática média. No nariz; aromas de flores brancas. Na boca, leve amargor. Vinho para iniciantes ou para damas.
02:Tannat Roble Reserva 2009 – R$15,00
Cor rubi, pouco intensa, bem transparente. Proposta de vinho leve, sem compromisso. Para o dia a dia.Bom custo benefício.
03: Fusión Roble Reserva –R$50,00
A palavra fusión é usada para indicar corte ou “assemblage”.Este vinho dá um salto de
qualidade. Boa intensidade aromática, com aromas de couro, de boa qualidade. Na
boca, corpo leve, taninos macios. Um pouco caro para o mercado Uruguai.
04: Guidai Detí Gran Reserva 2004.
Um corte de Cabernet Sauvignon, Tannat e Cabernet Franc. Cor já evoluindo para o marrom, translúcido. No nariz chocolate e cravo. Na boca corpo leve, sem muito extrato. Bom
05: Tannat Crianza 2007
Um tannat macio, aveluddo de boa estrutura. Médio, para o dia a dia.
Bodega: Gimenez Mendez
01:Sauvignon Blanc 100 anos – reserva de familia 2011- Los Cerrillos
Um belo Sauvignon. No nariz aromas intensos e de ótima qualidade. Na boca, bom corpo, macio, com presença e boa acidez. Ótimo vinho.
02:Sauvignon Blan Máxima Expressión – Alta Reserva
Premiado várias vezes como o melhor Sauvignon Blanc do Uruguai e conferido no nariz pela alta intensidade aromática de intensa fruta maracujá, (não muito maduro), delicioso. Na boca, muito volume, acidez bem colocada. Um grande representante desta casta no Uruguai.
03: Malbec Máxima Expressión Alta Reserva
Um Malbec do Uruguai, apesar de aromas doces, boa intensidade aromática, não me impressionou. Não
chega perto dos bons Malbec do vizinho, argentino.
04:Luiz A. Gimenez Super
Premium Tannat – 2007 – sub-região de Las Brujas
Um vinhaço. Aromas complexos, bom de boca, carnudo, retrogosto longo. Excelente. Dizem que Michel Roland em uma entrevista que este foi o melhor Tannat do Uruguai que ele degustou.
Bodega: Toscanini
01:Adágio 2006
Este vinho eu já degustei há 8 anos atrás e continua a me impressionar. Um corte de Cabernet Sauvignon, Tannat e Merlot.Passado no decanter ele se apresentou ainda fechado. Conversamos um pouco sobre minha última visita a esta Bodega. Depois de 10 minutos o vinho se abriu e mostrou o que veio. Aromas intensos de couro e especiarias. Na boca ótimo ataque, bom corpo. Ótimo vinho.
Bodega: Dante Irurtia
01: Viognier Reserva 2011
De boa intensidade aromática, boa entrada na boca. Bom corpo, retrogosto médio. Razoável, para o a dia.
02: Tannat Roble Reserva de Virrey – 2004
Aromas de boa qualidade e intensidade média. Na boca já mostra um bom corpo, taninos redondos, retrogosto longo. Muito bom.
03: Pinot Noir 2009
Aromas leves, de terra molhada. Leve na boca. Nada a acrescentar. Não me convenceu.
04: Dante Irurtia 2007
Para comemorar 80 anos de Dante de Irurtia, somente 847 garrafas foram produzidas, um vinho para colecionadores. Em todas as feiras alguns vinhos não ficam expostos e este foi uma deferência para a equipe WWA. Um corte de Tannat, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot de cor rubi, aromas intensos de especiarias. Na boca bom ataque, ótima presença. Retrogosto longo. Um vinho para se tomar de joelhos.
05:Botrytis 2006
Uma garrafa que quase ninguém procura despertou minha atenção. Ataque do fungo da podridão nobre no Uruguai, semelhante ao que ocorre em Sauternes na França e na Hungria. O vinho é elaborado em duas etapas. Um vinho base com a casta Gewurztraminer, sem ataque da Botrytis, sem passar pela barrica de carvalho, outro vinho base com a mesma casta
passando por barrica, compondo 50%. Os outros 50% são de uvas botritizadas. No nariz, como é comum neste tipo de vinho de sobremesa, aromas intensos de mel. Na boca uma doçura (70 g/l), impressionante que não se torna enjoativo devido à acidez presente. Um delicioso vinho.
Vinícola: Bodega Carrau
01:Pinot Noir Reserva 2010
Elaborado em Cerro Chapéu, fronteira com o Brasil. De boa intensidade aromática. Boa entrada na boca, bom corpo, retrogosto médio. Razoável.
02: Amat
Este é um dos meus preferidos do Uruguai e destaque da Carrau. Vinho que dispensa comentários. Excelente.
03: Ysern
Um corte de Cabernet Sauvignon com Cabernet Sauvignon. É isto mesmo que escrevi, sem erro de datilografia. O vinho é elaborado com castas de Cerro Chapéu e de Las Violetas. Um ícone. Muito bom.
Bodega: Cerros de San Juan
Diferentemente das outras vinícolas acima, esta se localiza em Colônia.
01: Gewurzstraminer
Pouco vinhos com esta casta são encontrados no Uruguai, como varietal. Aromas intensos, comuns a esta casta. Na boca, bom corpo, vinho fácil de beber. Delicioso.
02: Cunha de Piedra Chardonnay 2010
Um chardonnay de boa qualidade. Passou um ano em barrica. Nada a acrescentar.
03: Pinot Noir
Agressivo, taninos verdes. Ainda não encontrei um bom Pinot Noir no Uruguai.