Visitamos no povoado de La Puebla, região de Canelones, a vinícola H. Stagnari que se destaca com a produção de 500.000 litros por ano de interessantes vinhos. Lá se encontra o cultivo das brancas Viognier, Chardonnay, Moscatel e Gewurzstraminer, distribuídas em 20 hectares de vinhedo. As tintas por sua vez são cultivadas na região de Salto, a noroeste do Uruguai, onde possui diferentes condições para melhor maturação das uvas Tannat, Merlot, Cabernet Sauvignon, Syrah, Petit Verdot, e a rara e intrigante Marsenane.
Fomos recebidos com carinho por Silvina Rosas, Virginia Moreira e o enólogo Hector Stagnari. Além da linha básica, a casa elabora também vinhos de alta gama. Os vinhos Tannat desta vinícola estão sempre entre os 5 primeiros do mundo, brigando com os Tannats da costa oeste da França.
Degustação:
01: Cabernet Sauvignon Primer Vinedo 1×1
1×1 significa distâncias de um metro em fileiras de parreiras e de cada planta. Na boca o vinho se apresenta com taninos maduros, boa madeira. Muito bom.
02: Viejo Tannat – 2008 – R$31,00
Um dos vinhos mais premiados desta bodega e pela bagatela de R$31,00 (preço no Uruguai). Um tannat para se mastigar, tal sua estrutura, extrato e corpo. Vinho excelente. Um dos grandes Tannast que degustei até agora, que comprova as diferenças desta casta emblemática do Uruguai, cujas características são diferentes de sua origem, na França. O Tannat uruguaio se apresenta menos rústico, sua adstringência é menos marcante.
Não chegamos a degustar os dois super-premium Dinastia e Daymann.
1 Comentário. Deixe novo
Fantástico o projeto! A Bouza é realmente uma vinícola boutique ímpar… o Albarino, aliás, já se mostrou forte em degustações as cegas contra portugueses e espanhois!